Declarações de Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto para a área financeira, durante uma conferência de imprensa promovida na manhã desta segunda-feira.
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Saída do fair play financeiro: "Estão criadas todas as condições para que o FC Porto possa terminar este ano. Se não houver nenhum sobressalto até ao final da época, assim vai acontecer. O primeiro semestre correu bem, tivemos um lucro líquido de 36 milhões de euros, esperamos na segunda parte do exercício algumas transferências que estão previstas, como o Danilo e o Vitinha, e acontecendo isso, com a época a terminar como esperamos que termine, vamos poder poder dizer fim às exigências do fair play financeiro."
Dinheiro em transferências: "Para tudo correr como desejamos, com a margem de lucro que tínhamos no nosso orçamento, ainda precisamos de fazer qualquer coisa como 38 milhões de euros de mais-valias até ao final da época. O que, praticamente, o Danilo e o Vitinha garantiram. Nós ficamos relativamente tranquilos."
Empréstimos obrigacionistas: "Neste momento, a administração do FC Porto conseguiu congregar os meios indispensáveis para pagar nos próximos dias os 35 milhões de euros que foram adiados há um ano. Mesmo com a banca fechada para este tipo de apoio, o FC Porto conseguiu os meios indispensáveis para pagar os 35 milhões nos primeiros dias do mês de maio e simultaneamente ir ao mercado lançar um novo empréstimo obrigacionista de 35 milhões, com uma taxa de juro incrementada. Não posso dizer exatamente a data, mas seguramente na primeira semana do mês de maio."
Segundo empréstimo a terminar em junho de 2021: "Vamos repetir a autorização. Desejamos que este corra bem e depois pagamos os outros 35 milhões de euros e vamos ao mercado fazer um novo lançamento. O primeiro é feito em maio, esperamos que tudo corra bem e depois vamos ao mercado colocar mais 35 milhões. Os empréstimos obrigacionistas totais do FC Porto são, neste momento, 70 milhões e queremos que eles se mantenham assim, em duas tranches de 35. O que acontecerá é que, por via do adiamento de um ano do primeiro, temos as datas de ambos a coincidirem. Um deles será de dois anos e meio para não coincidirem."
Aumentar a taxa de juro do novo empréstimo: "Vamos incrementá-la, mas está em aprovação e precisamos de autorização da CMVM. O que desejaríamos era que subisse de 4,25% para 4,75%, mas temos de esperar que a CMVM autorize o prospeto que está a ser ultimado. Dentro desta semana fica resolvido. Este incremento trata-se de uma compensação, porque os obrigacionistas foram fantásticos e não regatearam o apoio ao FC Porto para prorrogar por um ano este empréstimo de 0,5 pontos percentuais. O que vai acontecer é que uma taxa de juro que já era interessante passará a ser interessantíssima. Há um aumento das responsabilidades financeiras do FC Porto, mas assumimos isso como um prémio para os que nos apoiaram."