João Couto, ex-coordenador da formação do Sporting, treinou o extremo nas camadas jovens dos leões e aplaude evolução. O extremo português foi o maior investimento de sempre dos galos: 1,5 milhões de euros por 75% do passe. Vai na segunda época em Barcelos e já superou os números da anterior.
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Félix Correia reforçou, na última jornada, o melhor registo de sempre na carreira. Marcou ao Estoril e chegou, assim, aos sete golos e quatro assistências, em 23 partidas, que representam cerca de dois terços da época, contra os cinco tentos e três assistências que conseguira nos 34 jogos da temporada passada. É, aliás, o melhor marcador do clube nas duas últimas épocas. Assinou quatro golos nos últimos cinco jogos e foi alvo de sondagens neste mercado de inverno, mas o Gil Vicente optou por segurá-lo, vendo-o com uma peça fundamental do projeto.
A O JOGO, João Couto, que foi coordenador da formação do Sporting entre 2020 e 2024, e que treinou Félix Correia nos sub-17 dos leões entre 2016 e 2018, foi taxativo quanto ao potencial do jogador. “Ele era o mais talentoso do grupo. Muito inteligente. Nessa altura, já demonstrava em campo uma capacidade muito forte. Utilizei-o até como médio-centro e fez uma parte final de campeonato excelente quando fomos campeões nacionais. Tinha uma capacidade muito grande a nível técnico e tático. Era um box-to-box, na medida em que corria muito e sabia interpretar o jogo. Tinha uma capacidade criativa muito grande, conseguia individualizar e jogar do ponto de vista coletivo. Era capaz de destruir uma defesa adversária sozinho”, começou por afirmar, acrescentando outras características que o diferenciavam. “Fora desse âmbito, era um bom rebelde, mas muito inteligente e muito vivo; tinha capacidade de liderança”, recorda.
Defendendo que o extremo “fez bem em voltar a Portugal”, Barcelos tem sido “um palco competitivo” onde Félix encontrou espaço para “brilhar”. “Analisando os jogos, dá para notar que ele é importante na estratégia do Gil Vicente. Leva a bola para a frente, é inteligente, decide os jogos. Está mais maduro no seu jogo. É um jogador que se encaixaria num dos grandes. Olha para o jogo de uma forma muito vertical e há poucos jogadores com essas características”, concluiu.
Chegou a hora de Marvin
As lesões e o mercado complicaram o trabalho de preparação do treinador do Gil Vicente para a deslocação a Braga, no domingo. Com o capitão Rúben Fernandes de fora por castigo e Buatu também ausente por lesão, isto além da inesperada saída de Mory Gbane para os franceses do Stade Reims, é certo que Josué Sá terá um estreante como parceiro no eixo defensivo, e a vaga sobrará para Marvin Elimbi, estreante a titular na I Liga. O francês, de 21 anos, contratado ao Torrense, soma 54 minutos no campeonato, mas só esteve de início na Taça de Portugal, no jogo em que os galos eliminaram o Moreirense. Contratado por 500 mil euros, valor desembolsado por 50% do passe, tem contrato até 2028.