Felipe já cumpriu o objetivo de se afirmar na Europa e quer dar agora o próximo passo: chegar à seleção do Brasil. Em Portugal, correu tudo até melhor do que imaginou
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O FC Porto chega a esta fase da época com 25 golos sofridos em 48 jogos e é uma das equipas menos batidas da Europa. Felipe é um dos que mais têm contribuído para esta eficácia e tem dado umas dicas ao treinador do Corinthians, Fábio Carille, com quem trabalhou na época passada. Na altura, Carrille era treinador adjunto. "O Carille é uma pessoa que sempre me apoiou e me ajudou a corrigir muita coisa. Devo-lhe muito. Ultimamente falamos sempre sobre a nossa linha defensiva, que funciona muito bem, que mantém um padrão correto. Ele diz-me que tem acompanhado e admira o nosso sistema", comentou o Xerife, em declarações ao "Lance", garantindo que o modelo de Nuno Espírito Santo é uma referência no clube de São Paulo.
Felipe explicou as diferenças que mais notou entre a forma de defender em Portugal e no Brasil: "O que muda mesmo é a velocidade do jogo. Aqui em Portugal é mais rápido, o campo está sempre mais molhado, é obrigatório. No Brasil o jogo é mais corrido. Mas, em termos de treino, não há muita diferença. Foi até onde senti menos a mudança, porque a linha defensiva é igual em relação ao posicionamento, só tive de fazer alguns ajustes nas bolas paradas."
O central acredita que foi a velocidade do jogo que o condicionou no início da época e levou à má abordagem de alguns lances. Isso valeu-lhe dois autogolos, um dos quais contra o Roma, no play-off da Champions. "No começo, pela ansiedade de vir para a Europa, estava com mais receio, mas a adaptação à cultura portuguesa acabou por ser muito rápida. A qualidade e a velocidade do futebol europeu são um pouco diferentes, mas senti que encaixei tudo antes do primeiro jogo do campeonato. Vinha de uma escola diferente, a do Tite, e o nosso estilo de jogo era outro, mas hoje sinto-me completamente adaptado ao jogo do FC Porto", acrescentou.
A época correu bem ao central, que espera pela hora de representar o Brasil. Amanhã, há uma convocatória para os particulares com a Austrália e a Argentina: "O meu primeiro objetivo era chegar à Europa e esse já alcancei. O próximo é chegar à Seleção e fazer uma história bonita. Estou a trabalhar para isso, a aproveitar a minha experiência na Europa. Tem sido muito bom. Tenho de trabalhar forte no FC Porto para tudo dar certo. Só tenho de trabalhar para poder realizar esse sonho", reconheceu.