O brasileiro é o melhor no jogo aéreo entre os centrais portistas, batendo também os números de Indi e Chidozie. Entre os grandes, para já, só Coates tem melhor percentagem de duelos aéreos ganhos.
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Boly acrescenta centímetros, muitos, à defesa do FC Porto, enquanto Felipe traz maior eficácia no jogo aéreo, quer defensivo, quer ofensivo. Afinal, o ex-Corinthians já assinou dois golos de dragão ao peito. Na época passada, os portistas sofreram muitos golos na sequência de cantos, livres indiretos laterais e cruzamentos para a área pelo que foi evidente a preocupação da SAD na procura por reforços com um bom jogo aéreo para render Martins Indi e Chidozie, que terminou 2015/16 como titular, mas que nesta campanha nem sequer foi convocado por Nuno, ou inscrito na Liga dos Campeões. Com 82% de duelos aéreos ganhos, Felipe domina esse dado estatístico nestas três primeiras jornadas do campeonato, de acordo com os dados da "One Football", ficando à frente de Marcano (78%) e de Boly, que nos três jogos feitos pelo Braga só venceu metade dos lances aéreos que disputou. E em relação aos centrais dos rivais de Lisboa, apenas Coates apresenta, até à data, uma percentagem superior (100%) à de Felipe. Rúben Semedo fica-se pelos 70% e, no Benfica, Lisandro tem 77% e Lindelof apenas 58%.
A nível defensivo o FC Porto ainda tem sentido alguns problemas nos lances de bola parada, com cruzamentos para a área, uma vez que sofreu golos na sequência de cantos contra o Rio Ave e o Roma (autogolo de Felipe, curiosamente). Isto aconteceu nos dois primeiros jogos oficiais da época, mas nos três seguintes, só foi batido pelo Sporting com dois remates ao nível do relvado. Ou seja, a equipa já mostra sinais de evolução nesse capítulo de jogo.
Boly ainda não jogou, mas, com 1,95 metros, acrescenta altura à equipa portista, sendo de longe o mais alto, com mais quatro centímetros do que Felipe e Depoitre. As estatísticas do francês esta época estão longe de impressionar, mas se olharmos para as que conseguiu em 2015/16 constata-se que tem dados bem melhores do que os Martins Indi e Chidozie. O holandês acabou a época com 40% de duelos aéreos ganhos e o nigeriano com 56,9. Boly, recorde-se conseguiu 71,4%, melhor inclusive do que Marcano.
Já o espanhol tem impressionado esta época pela segurança e qualidade das exibições. Com 72 por cento dos duelos ganhos (não os aéreos), é o central dos três grandes com melhor eficácia neste capítulo. Lindelof, do Benfica, com 47% é o que apresenta piores números.
Francês permite ter os centrais mais altos entre os candidatos
Com as chegadas de Felipe e, sobretudo, Boly, o FC Porto ganhou quatro centímetros no eixo da defesa em relação à época passada. o quarteto formado por Maicon, Martins Indi, Chidozie e Marcano - os centrais utilizados ao longo da época - tinham 1,88 metros em média, contra os 1,92 dos três elementos escolhidos por Nuno Espírito Santo para aquela posição. Este "crescimento" dos portistas permite, ainda, ter, em média, os centrais mais altos dos candidatos ao título. Coates (1,96) é o maior de todos, mas o Sporting fica-se por 1,90 metros de média e os do Benfica têm mais um centímetro.