Felipe tem uma cláusula de rescisão de 50 milhões de euros e Danilo está "avaliado" em 60 milhões de euros. Só 110 M€ ou um valor próximo os pode levar.
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Felipe fica no FC Porto em 2019/20, Danilo também tem a porta fechada. Só o pagamento da cláusula de rescisão pode alterar a decisão da SAD portista, pouco disposta a perder os baluartes que restam na defesa e no meio-campo, sectores que vão perder Éder Militão e, muito provavelmente, Herrera.
O FC Porto tem seis jogadores em fim de vínculo: Fabiano, Maxi, Herrera, Brahimi, Adrián e Hernâni. Eram sete, mas Casillas renovou.
Para Conceição, não há dúvidas: o FC Porto só pode ser estável e lutar de igual para igual com os rivais em todas as competições se mantiver o núcleo duro. Nesta fase, o Xerife e o Comendador são o baluarte dos respetivos sectores e o treinador não admite perdê-los. Além do mais, são os subcapitães de equipa e peças fundamentais na liderança do balneário. É também por isso que vão transitar como peças-chave para a próxima época. E até podem vir a renovar contrato. Mas já lá vamos...
Há muito tempo que a estrutura do futebol portista reconhece em Felipe e Danilo capacidades ímpares de liderança, mas pela questão da antiguidade, poucas vezes um e outro usaram a braçadeira. Especialmente depois de Sérgio Conceição chegar e fazer de Herrera um indiscutível. O mexicano foi, inclusivamente, apontado pelo treinador como o elemento mais importante na gestão do balneário.
Sem Militão ficam Felipe, Pepe, Mbemba e Diogo Leite, além de Diogo Queirós, Osorio e Jorge Fernandes, todos também com contrato.
Mas já nessa fase Felipe e Danilo recolhiam votos para a sucessão. Brahimi, então também subcapitão, acabou por ser ultrapassado na hierarquia e o Comendador é, como se viu em Braga, o atual número 2. A esse nível, porém, Felipe caminha praticamente ao lado do internacional português e só o futuro clarificará, em definitivo, quem será o número 1 e o número 2. Pela antiguidade (chegou em 2015/16) e situação atual, o médio é o favorito.
No que respeita à equipa, ambos continuarão a ser elementos estruturantes. Felipe já viu várias propostas recusadas e o seu empresário ouviu Pinto da Costa comunicar-lhe que não aceita vender abaixo dos 50 milhões de euros que fixam a cláusula do brasileiro. Sem Éder Militão, Felipe e Pepe são a dupla que garante qualidade ao sector portista e isso é para levar a sério. Felipe até já foi sondado para assinar um novo contrato, não só como forma de prolongar além de 2021 a permanência no Dragão, mas também como forma de premiar a fidelidade e o rendimento.
Central e médio-defensivo são vistos como pilares e têm a porta fechada. Serão os próximos capitães.
Danilo é "ainda" mais caro do que o colega: 60 milhões de euros. E tem contrato até 2022, pelo que a renovação do mesmo só pode ser entendida como forma de lhe mostrar o apreço do clube e a valorização. As lesões que o médio sofreu nos últimos dois anos atrasaram a possibilidade de este dar o salto, mas nunca lhe roubaram protagonismo interno. Conceição admira-o muito e quer tê-lo outra vez à frente da defesa em 2019/20.
Danilo ainda não tinha golos em 2018/19. Em duas semanas marcou a Marítimo e Braga, assim como à Sérvia, pela seleção.
Casillas e Corona deram o exemplo
numa espinha dorsal muito cobiçada
O verão de 2019 promete ser intenso no FC Porto. À margem da já consumada transferência de Éder Militão para o Real Madrid, os dragões estão em vias de perder Herrera e Brahimi, ambos em fim de contrato e muito solicitados, especialmente o mexicano, que em Espanha garantem já ter até assinado um compromisso com o Atlético de Madrid. Mas há outros jogadores com projeção internacional. Alex Telles tem proposta do Atlético de Madrid e Marega foi sondado por clubes ingleses e franceses. O FC Porto vai dificultar qualquer transferência e acredita que, além de Felipe, Danilo, Casillas e Corona (já renovaram), vai manter outros jogadores importantes, como Pepe, Óliver ou Soares