Mário Sérgio, com experiência na I Liga, espera que a equipa do Felgueiras mostre os muitos talentos do plantel
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Em Felgueiras, a receção ao Tondela tem sido preparada com "tranquilidade". No entanto, todos sabem que este não é apenas mais um jogo. Mário Sérgio, o mais velho do plantel, reconhece o que atravessa a mente dos companheiros. Ou melhor, dos seus meninos. "É um privilégio jogar com equipas da I Liga, é bom para toda a gente e no caso da maior parte dos nossos jogadores, jovens e com ambição, penso que para os miúdos, os meus meninos, é bom para toda a gente", afirma o lateral--direito que já representou, entre outros, Paços de Ferreira, Sporting e V.Guimarães.
Conhecedor de outras realidades, Mário Sérgio aconselha-os a "desfrutar e tentar fazer o melhor". "A mensagem que eu passo é que é um jogo diferente, mas para estarem tranquilos e só se preocuparem em fazer o trabalho deles. Quando queremos mostrar muito, pode prejudicar", alertou.
E, neste plantel do Felgueiras, garante, há muita qualidade. "Muitos têm valor para outros patamares", avalia. Por isso, aproveita a sua experiência na I Liga e internacional (com vários troféus conquistados no Chipre) para os aconselhar a trabalhar pelas oportunidades. "Digo-lhes que, tal como eu consegui, eles também podem lá chegar, só têm de trabalhar e não facilitar. O futebol é uma questão de oportunidades", refere.
Para o jogo da Taça de Portugal, a equipa do Felgueiras terá de ser solidária e saber estar sem bola. "Não vamos ter tanto bola como gostaríamos de ter e temos de perceber o jogo para conseguir um resultado positivo", diferencia, Mário Sérgio, os jogos da série B do Campeonato de Portugal para esta eliminatória da prova-rainha.
Aos 39 anos, o lateral-direito é uma referência no balneário e tem dado conselhos aos seus "meninos", com valor para "outros patamares". Equipa está preparada para receber o Tondela
Quando atendeu o telefone para falar com o nosso jornal, Mário Sérgio estava a acabar o seu treino. Com filhos na escola, o jogador teve de cumprir isolamento e só hoje irá fazer treino de conjunto com os companheiros. Ainda assim, não descurou a preparação física. Aos 39 anos, diz que só o "bilhete de identidade é que lembra a idade". "Continuo a jogar porque mantenho uma ambição muito grande de competir e porque ainda me sinto bem. Cuido-me e provo dentro de campo que ainda posso estar lá", revela o lateral, sentindo-se "igual" a qualquer um dos seus "meninos".