Adjunto já informou Conceição que pretende lançar-se como treinador principal na próxima época. Aos 41 anos, o técnico sente-se preparado para iniciar uma carreira a solo. Catar está fora da equação e O JOGO sabe que o novo presidente valoriza as suas qualidades e também quer conversar com ele.
Corpo do artigo
Vítor Bruno prepara-se para deixar a equipa técnica de Sérgio Conceição para abraçar o desafio de ser treinador principal, vontade que transmitiu ao seu “chefe” no início da semana, após a conquista da Taça de Portugal. O contrato com o FC Porto termina no final de junho porque, ao contrário de Conceição, Vítor Bruno não renovou durante a campanha eleitoral - assim como os outros adjuntos -, e encontra-se nesta fase a estudar algumas propostas que já lhe chegaram, sendo certo que não assinou por nenhum clube até porque pretende abraçar um projeto sólido e de um bom campeonato. O Catar, por isso mesmo, ao contrário do que foi noticiado, não está em cima da mesa como opção. E este até pode nem ser um adeus ao Dragão. Mas já lá vamos.
Após o último jogo do FC Porto em casa na época finda - frente ao Boavista, para o campeonato -, o treinador-adjunto recorreu às redes sociais para deixar uma mensagem que despertou sensações de despedida um pouco por todo o universo azul e branco. “Obrigado, Dragão”, escreveu, levando a que muitos adeptos portistas o apontassem como um bom sucessor de Conceição no futuro. Este “divórcio” de Sérgio é, aliás, mais um sinal que aponta para a saída do técnico principal, que garantiu já ter tomado uma decisão sobre o futuro. Os dois trabalharam juntos desde os tempos de Sérgio no Olhanense, na época 2011/12, e passaram por Académica, Braga, V. Guimarães e Nantes antes de assinarem pelo FC Porto.
A reunião entre o presidente recém-empossado e Conceição está, recorde-se, agendada para segunda-feira. Quanto a Vítor Bruno, O JOGO sabe que é um nome bastante valorizado pela estrutura de Villas-Boas e este pretende conversar com o ainda adjunto para ouvir da sua voz quais as intenções que tem a curto prazo.
Bem-sucedido quando assumiu
Nas sete épocas em que esteve ao lado de Sérgio Conceição, Vítor Bruno foi chamado a comandar a equipa em 14 ocasiões, fruto de castigos aplicados ao chefe da equipa técnica. A última das quais aconteceu este mês, em Braga, na partida em que o FC Porto carimbou o terceiro lugar do campeonato. O registo do número 2 da hierarquia quando liderou o banco é praticamente imaculado: 14 jogos, 13 vitórias e apenas um empate, com o Santa Clara (1-1). De resto, venceu os duelos com Boavista (2-0), em 18/19, o Krasnodar (1-0), em 19/20. Na época seguinte, triunfos sobre Portimonense (3-1) e Famalicão (3-2). Já em 21/22 teve o empate já referido e ganhou a Rio Ave (1-0) Vizela (4-0), Benfica (3-0), Belenenses (4-1), Famalicão (3-1) e Santa Clara (3-0). Em 22/23 derrotou o Arouca (1-0) e o Moreirense (2-1) e o Braga já nesta (1-0).