FC Porto venceu a Liga Europa há 10 anos: "O meu voo mais importante", recorda Falcao
Foi a 18 de maio de 2011 que o FC Porto venceu o Braga na final da Liga Europa com um golo de Radamel Falcao. Dez anos depois, O JOGO conversou com o herói de Dublin
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Dublin, 18 de maio de 2011. Estádio cheio de adeptos lusos para a primeira - e para já única - final europeia entre duas equipas portuguesas.
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Minuto 44, Guarín cruza da direita, Falcao voa entre os centrais e faz o único golo da partida. Cumprem-se hoje precisamente 10 anos desde que o FC Porto venceu o Braga e conquistou o sétimo troféu internacional da sua história. A data está gravada na memória dos dragões e tem um espaço especial no museu: a baliza onde "El Tigre" bateu Artur Moraes foi comprada e pode ser visitada pelos portistas.
Falcao foi o herói de Dublin e, depois de autorizado pelo seu atual clube, o Galatasaray, O JOGO conversou com ele para recordar aquele final de tarde na capital da Irlanda. Atualmente com 35 anos, o avançado soma 330 golos como profissional, mas considera que aquele golpe de cabeça em Dublin foi "o voo mais importante" da carreira. "Foi muito importante, foi o golo do título, o meu primeiro título internacional. Sonhava com algo assim. Graças a Deus pude marcar nessa oportunidade", frisou.
O avançado nem acredita que já passou tanto tempo desde a cabeçada que bateu Artur e deu o sétimo título internacional aos dragões. Aponta a eliminatória com o Sevilha como fundamental na caminhada
Voltando à data. "A primeira coisa que me ocorre, em que penso depois destes dez anos que se comemoram desde a final, é que o tempo passa muito rápido. Tenho as imagens na minha cabeça como se tivesse sido ontem. Não posso acreditar que passou tão depressa", começou por nos dizer, considerando esse encontro como "o culminar de um ciclo da melhor maneira", em referência à sua carreira no FC Porto. "Tínhamos uma equipa técnica fantástica e um grupo de jogadores com muita fome de ganhar. Demos tudo ao longo da temporada. No fim, lográmos vencer todas as provas", atirou o colombiano, referindo-se também às conquistas do campeonato nacional - sem derrotas - e da Taça de Portugal. E, afinal, qual era o segredo dessa equipa orientada por André Villa-Boas que ganhou tudo o que havia para ganhar em 2010/11? "Éramos um grupo muito trabalhador e humilde, mas com muita fome, todos queriam conseguir títulos. Todos trabalhavam, não havia ninguém que não acrescentasse algo, desde a equipa técnica até aos massagistas, passando pelos funcionários... estavam todos focados em ganhar. Isso fez a diferença, todos estavam concentrados no mesmo objetivo", apontou.
Na caminhada para Dublin, que começou na pré-eliminatória, o FC Porto teve de fazer 15 jogos e defrontar oito adversários. A eliminação de um deles, ainda nos 16 avos de final, foi determinante para o grupo. "Diria que, à medida que fomos avançando, fomos dando conta de que estávamos perto de algo grande. Escolheria a eliminatória com o Sevilha, que é uma grande equipa e vencera a prova em anos anteriores [2005/06 e 2006/07]. Esses jogos foram bons para medir as nossas capacidades", considerou o avançado que o FC Porto vendeu três meses depois ao Atlético de Madrid por 40 milhões de euros.