UM A UM >> Análise ao desempenho dos jogadores do FC Porto na final da Taça de Portugal, troféu que conquistaram com uma vitória, por 2-0, frente ao Braga
Corpo do artigo
Cláudio Ramos 6
Respondeu "presente" quando foi chamado a intervir, negando o golo a Ricardo Horta, aos 38", com uma excelente estirada. Aos 71", numa das poucas ocasiões em que teve trabalho na segunda parte, saiu dos postes para agarrar uma bola que pingava sobre a sua zona de jurisdição.
Pepê 6
Atento na missão defensiva, desde logo porque teve Bruma pela frente, ficou mais solto após o intervalo. Ainda assim, primou sempre pela atenção. Aos 52", atirou em arco, por cima.
Pepe 7
O capitão continua a superar-se nos grandes jogos. Fez um corte importante logo aos 2", travando um contra-ataque bracarense. Foi somando outras ações importantes, aparecendo até em terrenos subidos para cortar o mal pela raiz. No espaço aéreo, ditou a lei. Imperial.
Marcano 6
Menos exuberante do que Pepe, mas igualmente eficaz e sem sobressaltos de maior. Aos 89", limpou o perigo da área do FC Porto.
Wendell 4
Entendeu-se bem com Galeno, procurou jogar simples e não comprometeu... até aos 62". Foi quando deixou a equipa reduzida a 10, ao ver o cartão vermelho direto após indicação do VAR.
Uribe 7
No último jogo ao serviço do FC Porto, foi omnipresente. Ao estilo habitual, encheu o campo, cortou várias jogadas de contra-ataque do Braga e, em muitas delas, ainda entregou o esférico de forma jogável. Deu, ainda, para tentar a sorte, com uma tentativa de chapéu a Matheus que nem passou muito longe (17"). O cartão que viu podia tirar-lhe pontos, mas a falta foi muito útil. Vai deixar saudades no Dragão.
Eustáquio 6
Foi o primeiro a testar os reflexos de Matheus, aos 4", repetindo a dose aos 10", de longe. Na etapa complementar, esteve mais preocupado em estancar o miolo, mas podia ter feito melhor na frente quando Taremi lhe estendeu a passadeira para a baliza, já perto dos 90".
Galeno 8
Se a primeira parte foi discreta, a segunda dificilmente podia ter sido melhor. Aos 53", fez o que tinha de fazer: cruzou para a boca da baliza do Braga e André Horta empurrou para o autogolo. Já aos 81", assistiu para Otávio sentenciar a final. Antes de ser substituído, nos descontos, fechou com um remate à barra.
Evanilson 6
Tarde inglória para o avançado, que saiu aos 42" lesionado e em lágrimas. Até aí, estava a ser dos melhores e cheirou o golo duas vezes: aos 5", uma palmada de Matheus negou-lhe o festejo, com o guardião arsenalista a vestir novamente pele de vilão aos 20", respondendo a um belo remate com voo tremendo.
Taremi 6
Atirou ao lado antes do intervalo, numa das poucas vezes em que apareceu em zona de tiro no primeiro tempo. Equilibrou as contas ao sofrer a falta que expulsou Niakaté e foi importante a segurar a bola no último terço na reta final.
Toni Martínez 5
Entrou para o lugar do azarado Evanilson pouco antes do intervalo e saiu aos 67", após a expulsão de Wendell. Até ser sacrificado, deu que fazer à linha defensiva do Braga.
Zaidu 6
Fez o passe que lançou a cavalgada de Galeno no lance do 2-0. A defender, teve apenas um lapso, ao deixar Banza rematar na área, aos 89". Sem consequências...
Gabriel Veron 5
Prestável no auxílio defensivo dado a Zaidu.
André Franco 5
Deu para sentir o clima da final do Jamor.
Grujic 5
Lançado para ajudar a suster qualquer réstia de inspiração bracarense.
A FIGURA
Otávio: 8 >> Coração, visão de jogo e... golo!
Se um relógio parado está certo duas vezes por dia, Otávio é daqueles que não perde a pilha. O médio do FC Porto acerta em quase tudo o que faz e a final de ontem foi nova prova disso. Aos 4", deu o primeiro sinal de clarividência, quando deixou para Eustáquio rematar; aos 20", deixou Evanilson perto do golo, mas o prato forte viria após o intervalo, quando libertou Galeno no corredor esquerdo e este cruzou para o 1-0. Recebeu a gentileza de volta aos 81", assinando o segundo golo da tarde, a carimbar a 19.ª Taça de Portugal para os dragões. É o coração pulsante desta equipa.