UM A UM >> Análise individual ao desempenho dos jogadores do FC Porto na derrota, por 2-0, com o Benfica na Supertaça
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Diogo Costa 5
Seguro com os pés e ágil com as mãos a fintar a pressão mais alta do Benfica. Brilhou perto do fim, estragando a visão da goleada a Chiquinho e Musa em dois remates à queima roupa de rajada. Sobra a dúvida se podia ter feito mais no 1-0.
Pepê 5
Tentou a espaços pegar no jogo e oferecer frenesim ofensivo à equipa. Deambulou na procura de largar adversários, sofreu entradas ríspidas e foi perdendo frescura para criar mais desequilíbrios.
Pepe 4
Em vários momentos anulou o perigo das águias. Nos primeiros lances mais sérios do Benfica, atravessou-se em todos os remates, prensando duas ameaças de Rafa. Só não teve comando para uma equipa mais fatigada em várias zonas do campo. O 2-0, em que deu demasiado espaço a Musa para trabalhar, mudou o jogo e também roubou alguma cabeça fria ao capitão, que viu o vermelho direto por atingir Jurasek.
Marcano 4
Anulou lance individual de Di María (34) no seu mais importante apontamento defensivo. O crescimento do Benfica na segunda parte foi agitando águas e retirando lucidez posicional, que ficou muito mal na fotografia do 2-0 em duas ocasiões.
Zaidu 6
Foi um dos melhores. Em alta rotação e caráter voluntarioso. Várias vezes ganhou as costas da defesa encarnada, como foguete pela esquerda. Teve um cruzamento que ameaçou seriamente a baliza do Benfica. Foi apanhado em contrapé no 1-0.
Otávio 6
O Baixinho mostrou a fome incessante pela bola, o nervo nas disputas, mas ainda longe de aparecer em zonas letais a resolver. Carregou inconformismo até ao fim, tudo fazendo por manter os companheiros ligados à corrente e a uma esperança.
Grujic 5
Assustou bem cedo, num alívio forte para trás que exigiu controlo e jogo de pés a Diogo Costa. Pouco expansivo na sua ação, parecia estar a subir de nível na segunda parte, mais seguro e confiante, quando o Benfica apertou e empurrou o FC Porto para um cenário desconfortável.
Eustáquio 5
Bons níveis de pressão na primeira parte, bem alinhado com a equipa, mas com pouco acréscimo quanto a uma definição mais decisiva e decidida no jogo. Acusou desgaste e pouca clareza, embora tenha sido rendido após grande desarme a Di María.
Galeno 6
Teve tudo para ser o homem do jogo nos primeiros 20 minutos. É verdade que chamou a si muito protagonismo, mas também se entregou a uma série de pecados, não sabendo assinar o que pintou. Arranques e piques constantes, uma defesa do Benfica à nora, mas o extremo foi perdendo os golos com remates defeituosos. Deslumbrou-se na primeira parte e não encontrou forças na segunda. Ainda assinou um golaço, de raiva, invalidado por uma mão de Gonçalo Borges que passou pelo VAR.
Namaso 5
Deu-se imenso ao jogo na primeira parte, baralhando a defesa encarnada com a sua mobilidade, musculado também nas divididas. O poder de fogo chegou numa ameaça de cabeça a fechar os primeiros 45 minutos. Desapareceu na segunda parte.
Taremi 4
Energia reduzida, pouca amplitude nas movimentações e perdulário quando alimentado para fazer a diferença. Remate precipitado aos 13 minutos, a passe de Pepê que exigia melhor finalização. E outra conclusão infeliz aos 51 minutos.
Romário Baró 5
Entrou para dar ideias luminosas à equipa num cenário mais trabalhoso e apanhou os desequilíbrios emocionais após o abalo do 1-0. Ainda tentou espremer alguma magia pelo corredor central, com erros pelo meio.
Toni Martínez 4
Nada conseguiu acrescentar a uma equipa murcha.
João Mário 5
Minutos para acreditar mais em si no futuro.
Fran Navarro 4
Não viu ensejos para aparecer.
Gonçalo Borges 6
Fez os possíveis por agitar um jogo que se foi percebendo perdido pelos dragões.