Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do FC Porto na vitória de quarta-feira sobre o Galatasaray (1-0).
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Maxi - 5
"Amarrado" à defesa pela presença de Garry Rodrigues, fez de tudo para controlar o extremo, mas só o logrou a espaços. Ainda assim, é a ele que os portistas devem agradecer por não se apanharem a perder aos 13", quando o uruguaio deu o corpo a um remate de Gumus.
Felipe - 6
Foi apanhado a meio do caminho entre a ajuda a Maxi e a marcação a Gumus em algumas ocasiões no primeiro tempo, o período de maior sobressalto para a baliza portista. Melhorou, como toda a equipa, no segundo tempo, não voltando a vacilar.
Militão - 6
Com exceção do lance em que Maxi evita o golo a Gumus (13"), não há muitos defeitos que se possam apontar à exibição do brasileiro. Foi sempre o mais sereno do quarteto defensivo, tendo mesmo impedido que um cruzamento (67") de Garry Rodrigues chegasse ao destino com Iker fora da baliza.
Alex Telles - 6
A passagem pelo balneário ao intervalo fez maravilhas ao lateral. Algo desconcentrado a defender até então, ao ponto de ter dado demasiado espaço a Onyekuru em duas ocasiões, apertou o colete de forças ao nigeriano a partir daí e não mais abanou. Foi o habitual perigo nas bolas paradas, oferecendo o golo a Marega e fazendo um livre passar junto à trave.
Danilo - 7
Está bem e recomenda-se: terá sido com esta ideia que Fernando Santos deixou o Dragão depois de ver o médio cumprir a missão com a habitual eficácia. Escolheu os momentos e as zonas certas para pressionar, recuperou um sem-número de bolas e foi um tampão importante no centro do terreno.
Herrera - 6
Manteve o equilíbrio durante os 89 minutos em que jogou, raramente tomando uma má decisão quando teve a bola. Não há, ainda assim, nenhuma jogada na qual tenha sobressaído particularmente, com exceção de dois remates à entrada da área, o último dos quais ligeiramente por cima da trave.
Otávio - 5
Deve gabar-se-lhe a capacidade para superar os erros e, ontem, até foram alguns. Aos 4" desperdiçou um contra-ataque com a equipa em superioridade numérica, e aos 45" perdeu uma bola a meio-campo e viu Casillas salvar-lhe a pele. A entrega e a capacidade de luta, porém, estiveram sempre lá. E foi por isso que aguentou 80 minutos no relvado.
Corona - 6
Foi participante ativo em algumas das melhores jogadas de ataque dos dragões. Aos 26", por exemplo, passou por todos os que lhe apareceram à frente no flanco direito, foi à linha de fundo e cruzou para um disparo de Brahimi. Na segunda parte, ainda assinou um remate à figura (66") antes de sair.
Brahimi - 7
Empenhado, concentrado, lutador, desconcertante... O argelino reencontrou-se ontem com as boas exibições, após um par de jogos abaixo do nível que se lhe reconhece, e foi quem mais desequilíbrios causou, quer no passe - ofereceu golos a Marega, Corona e André Pereira - quer na forma como prendeu a atenção dos rivais. O remate acrobático (26") que Muslera travou merecia outra sorte.
Marega - 7
É lançado no espaço e não a controlar a bola de costas para a baliza que mais produz, mas, mesmo assim, causou muitas dores de cabeça a Maicon e Aziz. O remate de cabeça por cima da baliza aos 4", na sequência de um canto batido por Alex Telles, foi apenas um ensaio para o golo que viria a marcar no começo do segundo tempo. E só não bisou porque Muslera não permitiu.
Óliver - 6
Boa entrada, a justificar mais oportunidades no futuro. Tomou quase sempre a melhor decisão no passe e aos 73" estendeu uma passadeira a Otávio.
André Pereira - 6
Aposta certeira de Conceição. Deixou Marega isolado aos 84" e aos 90" falhou o 2-0 por centímetros.
Sérgio Oliveira - sem nota atribuída
Ajudou a segurar a vantagem.
A FIGURA
Casillas - 8
Fechou a baliza com defesas miraculosas
Elevado à condição de Santo pelas defesas que efetuou ao serviço da seleção de Espanha e do Real Madrid, o espanhol continua a fazer jus ao epíteto no Dragão, onde voltou a ser decisivo para uma vitória do FC Porto. As duas defesas que efetuou no primeiro tempo foram autênticos milagres, não só pelo grau de dificuldade que tiveram mas também pelo momento em que surgiram. Se os portistas não foram para o intervalo em desvantagem, tal muito se deve a ele. Aos 38" usou a mão esquerda para travar os festejos a Nagatomo e aos 45" serviu-se do pé esquerdo para negar um golo cantado a Gumus. Para tranquilidade sua, os dez homens que se posicionaram à sua frente subiram de produção no segundo tempo, pelo que não foi obrigado a fazer qualquer defesa. O trabalho, contudo, estava feito. E mais do que bem feito. Em vésperas de um clássico importante com o Benfica, não podia desejar melhor "aquecimento" para a deslocação à Luz.