UM A UM - A análise ao desempenho dos jogadores do FC Porto, após a conquista da I Copa Ibérica, com uma vitória por 2-1 sobre os espanhóis do Getafe
Corpo do artigo
Diogo Costa
Mais uma vez escolhido para a baliza das "primeiras linhas", o jovem internacional parece mesmo ser a opção inicial de Conceição para a sucessão a Casillas. Sem culpas no golo. Sempre eficiente.
Manafá
Disponibilidade total para as incursões ofensivas e velocidade quanto baste para ultrapassar o lateral do Getafe e cruzar com perigo. Ainda mais ativo após o intervalo, no período em que os dragões "levaram" tudo por diante.
Pepe
Alguma cerimónia com Molina (41"), logo a seguir ao golo de Cabrera, que também marcou de cabeça, e liberto, tal como sucedera ante o Bétis. Mas Pepe não é homem de vacilar e o golo do empate prova-o, tal não foi a impulsão e a determinação com que cabeceou. Uma picardia com Streeker ainda lhe deu mais energia.
Marcano
Uma cabeçada, em voo (24"), pedia final feliz, mas a pontaria não foi a melhor. Não acompanhou Cabrera (ele e Danilo eram os que estavam mais perto) no lance do golo, mas, de resto, foi rei nas alturas, anulando Harper e companhia.
Alex Telles
Mais em jogo, reflexo do ritmo que vai adquirindo com o passar dos particulares. Por isso, atuou os 90" e sempre em crescendo. Puxou pelos companheiros, funcionando como um ala predisposto a mandar no seu flanco, também em termos ofensivos. Foi por muito pouco que aos 83" não encontrou Fábio liberto na área, após mais um bom trabalho em profundidade.
Danilo
Uma interceção valiosa (18"), quando o Getafe atacava, e na resposta duas presenças ameaçadoras perto da área adversária, com um remate (30") a testar a atenção de Chichizola. Manteve o discernimento quando a altura era mais de "cavalgadas".
Sérgio Oliveira
Um disparo para as nuvens nos descontos da primeira parte e um canto com as medidas todas para a cabeça vitoriosa de Pepe. Mais influente no jogo coletivo, assumiu, muitas vezes, a batuta de organizador a meio-campo, sobretudo quando Danilo pisava outros terrenos.
Romário Baró
De novo no onze inicial, após as boas indicações dadas com o Bétis. Talvez menos explosivo, também porque não beneficiou de tanto espaço, a verdade é que o jovem médio continua a dar sinais de apreciável maturidade, para além, é claro, da sua valia com a bola nos pés. Contribuiu para o bom recomeço da equipa, com oportunas variações de posicionamento.
Corona
Algo discreto, embora empenhado, começou a abrir o livro na segunda parte e esteve particularmente diligente no modo como se posicionou nas costas de Zé Luís, dando então um ar da sua graça.
Luís Diaz
Aos 22", isolado, conseguiu tirar o guarda-redes do caminho, mas depois perdeu-se em rodriguinhos e perdeu, também, a hipótese de faturar. Repetiu o falhanço aos 44", quiçá deslumbrado com o passe de Zé Luís: era só encostar e a baliza estava semi-deserta. Aos 48" voltou a dispor de uma ocasião, mas aí Yañez teve mérito a fechar o ângulo de remate.
Soares
Sofreu uma entrada dura, logo de início, e aos 10" saiu mesmo, com queixas. Não havia, naturalmente, necessidade de arriscar.
Zé Luís
Entrou para o lugar de Soares a todo o gás e aos 44" ofereceu o golo a Diaz, que desperdiçou. Lutou e porfiou, ora tentando arrastar marcações ora solicitando a entrada dos extremos no seu raio de ação. O golo de Fábio Silva nasce de um primeiro remate seu, de difícil execução, com selo de qualidade.
Otávio
Posicionou-se no corredor direito e baralhou os defesas adversários. Trocou depois de flanco com Nakajima e continuou a provocar desgaste na defesa do Getafe.
Nakajima
Entrou numa altura em que o jogo estava muito físico, o que não é muito do agrado do japonês. Foi ganhando confiança e ensaiou alguns raides, ganhando metros e mais uns cantos.
Tomás Esteves
Atento na defesa e comedido nas "explosões", quando o desenrolar dos minutos pedia, também, alguma tranquilidade nas transições.
Diogo Leite
Cumpriu, sem muito trabalho, mas concentrado, quando só dava Porto...
Bruno Costa
Ajudou a solidificar processos e trouxe lucidez.
Aboubakar
Escassos minutos em campo para dar nas vistas.
A FIGURA
Fábio SIlva
Formou a dupla de avançados com Zé Luís a partir dos 73" e festejou "como nunca" o seu primeiro golo num jogo "a sério", recargando com oportunidade - e à matador - um primeiro remate de Zé Luís que Yañez não conseguiu afastar totalmente. Aos 90", galgou terreno e ultrapassou dois adversários, com estilo, assinando por baixo uma atuação histórica. Aos 17 anos, feitos agora, marcou um tento que vale um troféu! Uma Copa Ibérica ganha com a sua marca! O homem do jogo, claro, só podia ser Fábio Silva.
11135214