O plantel portista esteve em mais jogos decisivos do que o da Roma e foi mais vezes bem-sucedido.
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Se o clássico foi importante, o jogo de hoje (20h00) com a Roma é absolutamente decisivo. E o FC Porto tem razões para se sentir otimista: a este nível, poucos jogadores na Europa têm a experiência que Casillas e Pepe, por exemplo, mas também a tarimba em jogos a eliminar que Danilo ou Herrera acumulam em jogos de clube ou seleção. Na comparação pura e dura entre o histórico dos dois clubes na competição, é sabido que o FC Porto parte à frente, por ter 23 edições da Champions no currículo e cinco apuramentos para os quartos de final. Os italianos jogaram apenas 12 vezes a competição e só em três delas passaram dos "oitavos". Mas os dragões também saem na frente quando comparados os históricos dos respetivos plantéis em jogos decisivos como este.
Os onze jogadores em que Conceição pensa para iniciar o jogo desta noite somam 74 jogos a eliminar na Liga dos Campeões, com 55% de eficácia em matéria de apuramentos. E, a este nível, não pensem que é Casillas a desequilibrar. O espanhol esteve em grandes épocas europeias do Real Madrid, mas também acumulou quatro épocas consecutivas com eliminações logo nos oitavos de final. Apurou-se "apenas" em 52% das ocasiões, abaixo da média do grupo.
Do lado dos romanos, há 66 eliminatórias disputadas no somatório do onze previsivelmente titular. E apenas 30 delas resultaram em qualificação: 45% de eficácia. A taxa de eficácia das duas equipas baixa se forem "eliminadas" as pré-eliminatórias de acesso à fase de grupos, onde o guarda-redes Robin Olsen é, por exemplo, especialista, com oito apuramentos em nove confrontos. Mas baixaria em ambos os casos e ainda com o FC Porto: 50% de aproveitamento, contra 38% dos romanos, em menos jogos disputados.
Para que se prove que não há qualquer manipulação dos números, fizemos ainda contas a todos os jogos a eliminar em todas as provas possíveis, sejam competições nacionais ou internacionais, de clubes ou seleções, na Europa ou em qualquer continente por onde os jogadores tenham passado. Em matéria de tremedeira, Sérgio Conceição pode estar descansado: os jogadores do FC Porto estão habituados a ser bem-sucedidos em jogos decisivos e em 63% das ocasiões seguiram em frente. Neste caso, porém, a Roma está mais próxima, com 58% de eficácia.
Éder Militão é exceção portista
Ao nível da experiência de Liga dos Campeões, do lado portista só Éder Militão nunca disputou esta fase da prova milionária, o que é normal, tendo em conta que está na primeira época na Europa. Pelos romanos, nem Robin Olsen, nem Karsdorp ou Zaniolo alguma vez tinham participado num jogo de tamanha importância. Casillas já disputou 29 eliminatórias na Champions, Pepe conta 21, quase o dobro das 11 de De Rossi, o italiano mais experiente nesta prova. El Shaarawy, com 10, vem a seguir.