Clube emite comunicado e refere que "três sócios que foram condenados a penas de suspensão entre seis meses e um ano na sequência dos acontecimentos dessa noite", referindo-se à AG de 13 de novembro de 2023
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O FC Porto, que anunciou ter condenado já três sócios a penas de suspensão entre seis meses e um ano na sequência dos acontecimentos dessa noite, reagiu esta tarde aos acontecimentos desta manhã, que levaram à detenção, entre outros, de Fernando Madureira - líder dos Super Dragões - e de dois funcionários do clube azul e branco, Fernando Saúl e Tiago Aguiar.
COMUNICADO
"Em causa as diligências relacionadas com os acontecimentos da Assembleia Geral de 13 de novembro
O FC Porto tomou conhecimento de diligências relacionadas com os acontecimentos da Assembleia Geral de 13 de novembro, que resultaram na detenção de dois dos seus funcionários presentes na reunião magna.
Não sendo visado, o clube reitera a intenção de continuar a colaborar com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado.
Se desta investigação resultarem mais factos, o FC Porto agirá em conformidade, tal como agiu em relação a três sócios que foram condenados a penas de suspensão entre seis meses e um ano na sequência dos acontecimentos dessa noite."
Recorde-se que esta quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas, incluindo o líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, no âmbito de um processo que investiga os incidentes ocorridos durante uma Assembleia Geral do FC Porto, indicou a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).
“No âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na Assembleia Geral do Futebol Clube do Porto de 13.11.2023, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto, e no qual o Ministério Público vem sendo coadjuvado pela Polícia de Segurança Pública, foram executadas diligências de investigação, entre o mais, buscas domiciliárias e não domiciliárias. Foram também operadas 12 detenções fora de flagrante delito”, refere uma nota publicada na página da PGDP.
Segundo a PGDP, “está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”.
Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
Entre os detidos estão também a mulher de Fernando Madureira e Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, bem como dois funcionários do FC Porto, Fernando Saúl (oficial de ligação aos adeptos) e Tiago Aguiar (departamento de planeamento e relações externas).