Foco nos próximos dias vai todo para tentar conquistar o primeiro objetivo da época. Vendas esperam pelo final do clássico com o Benfica. Conceição aproveitou últimos jogos da pré-época para ensaiar o onze e a SAD compreende que eventual perda de um desses atletas prejudicaria a estratégia. Marchesín passou pelo mesmo na última época.
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A quatro dias do apito inicial na Supertaça Cândido de Oliveira, as portas do FC Porto encontram-se encerradas para saídas. Sérgio Conceição quer toda a gente concentrada na conquista do primeiro objetivo de 2022/23, que se jogará na quarta-feira (20h45), contra o Benfica, pelo que qualquer transferência terá de esperar pelo final do clássico. De acordo com informações recolhidas por O JOGO, os jogadores que ainda têm clubes interessados nos seus serviços já receberam essa informação por parte da SAD, uma vez que um triunfo frente à equipa que impediu os dragões de fazerem o pleno na última época é considerado um impulso importante para o futuro.
De resto, Conceição aproveitou os encontros particulares com o Cardiff, o Wolverhampton, o Rayo Vallecano e o Braga para ensaiar o onze a utilizar em Aveiro e a sociedade azul e branca compreende que a eventual perda de um dos previsíveis titulares, a tão pouco tempo do desafio com os encarnados, poderia prejudicar a estratégia. O plano não é propriamente novo e chegou a ser colocado em prática na última temporada. A mudança de Marchesín para o Celta de Vigo serve de exemplo para a atualidade, uma vez que a operação foi sendo alinhavada na semana que antecedeu a Supertaça, disputada com o Tondela, mas só foi concretizada nos dias que se seguiram, já com o troféu no museu do clube.
Diogo Costa, Otávio e Taremi foram os nomes que animaram o mercado do FC Porto, mas ninguém atingiu os valores exigidos pela SAD para os libertar
Este ano, os potenciais interessados ainda terão três semanas de mercado pela frente para concretizar um negócio depois do clássico de Aveiro, cenário que, refira-se, permitiria à sociedade portista olhar para os meses seguintes com um pouco mais de tranquilidade. "Se daqui até ao final [do mercado] houver vendas, a tal necessidade de financiamento a que teríamos de recorrer para fazer face à época deixará de existir e, com isso, o FC Porto deixará de gastar um valor muito elevado em encargos financeiros", explicou Fernando Gomes, administrador da SAD azul e branca, em entrevista exclusiva ao nosso jornal, publicada a 11 de julho.
Depois de um defeso em que Diogo Costa, Otávio e Taremi foram constantemente associados a clubes europeus e até árabes, o fluxo de rumores abrandou significativamente nas últimas semanas. A promessa de continuidade do "Baixinho", expressa numa entrevista aos meios do clube, contribuiu para isso, mas as portas que aos poucos se foram fechando a Diogo Costa também. Vai sobrando Taremi, embora a avaliação efetuada ao iraniano pelos interessados continue distante do exigido pelos dragões (acima de 20 M€) para o vender. Seja como for, até quarta-feira a cabeça de todos tem de estar apenas no clássico.