Dragões discutem vaga na final com o Milan, de olho na repetição do feito da geração de 18/19
Corpo do artigo
Em Nyon, com um sonho comum nas malas: a comitiva sub-19 do FC Porto aterrou ontem na Suíça, onde, esta tarde (17h00), vai disputar com o Milan o acesso à final da Youth League. Horas antes, no mesmo estádio, Olympiacos e Nantes discutem a outra vaga, mas, do lado português, o objetivo é bem claro: replicar a glória de 2019, quando uma fornada de talentos encabeçada por Diogo Costa, João Mário, Vitinha e Fábio Silva, entre outros, levantou o troféu.
Agora, a esperança azul e branca recai sobre os ombros de nomes como Diogo Fernandes, Martim Fernandes, Rodrigo Mora e Anha Candé, quatro dos 20 convocados de Nuno Capucho. Os dois últimos, refira-se, têm sido as principais figuras da campanha portista. O criativo, de apenas 16 anos, vai encantando a Europa e detém mesmo a liderança da lista de melhores marcadores da prova, partilhada com Chiakha (Copenhaga), já eliminado. Ambos contam sete golos e são seguidos de perto por Candé, que, com a mesma idade de Mora, fez o gosto ao pé seis vezes.
Após passarem a fase de grupos, os dragões deixaram pelo caminho o AZ Alkmaar, campeão em título, e o Mainz. Hoje, terão pela frente o Milan, “carrasco” de Braga e Real Madrid no desempate por penáltis e liderado pelo “prodígio” Francesco Camarda. O ponta-de-lança, de 16 anos, já se estreou pela equipa principal esta época.
Para o FC Porto, trata-se da terceira presença na final four da Youth League. Na primeira (2017/18) tombou nas “meias”, mas à segunda (2018/19) saiu vencedor, batendo o Chelsea (3-1) na final. Há duas épocas, foi a vez do Benfica sorrir. Agora, os azuis e brancos tentam repetir o maior feito já alcançado pela formação do clube.
Os conselhos de um quarteto de campeões
A propósito da presença da final four, Diogo Costa, João Mário, Romário Baró e Gonçalo Borges, vencedores da Youth League em 2019 e atualmente na equipa principal, deixaram algumas dicas à nova geração através dos meios do clube. “Mesmo com os nervos, continuem a ser vocês mesmos”, afirmou o extremo. Já o 99, indiscutível das balizas de FC Porto e Seleção, realçou a importância de “pensar primeiro na meia-final”. João Mário destacou a qualidade de Martim, enquanto Baró fez o mesmo com Mora, levantando o véu sobre o espírito a ter: “Éramos uma família”. A receita está dada e por quem sabe.