A equipa de Sérgio Conceição vai seguir o dérbi lisboeta esperando fazer a festa antes de entrar em campo no domingo. O empate em Alvalade é suficiente.
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Muito embora apenas dependa de si e da capacidade em somar só mais um ponto num dos dois jogos que ainda tem por disputar (em casa frente ao Feirense ou na visita ao Vitória de Guimarães), o FC Porto vai seguir o dérbi da capital com particular atenção. É que, pela ditadura da matemática simples, a divisão de pontos em Lisboa basta para os nortenhos fazerem a festa de campeão no sofá e sem precisarem de mais nenhum ponto até ao final. Beneficiar de forma direta e inequívoca de um dérbi entre os maiores rivais na ponta final de uma época não tem sido regra mas as exceções podem apelidar-se de saborosas para o FC Porto.
Um dos casos mais emblemáticos onde tal sucedeu remonta já a 1985/86. A 13 de abril de 1986, na penúltima jornada, numa partida em que John Mortimore estava suspenso e, por isso, fora do banco, substituído na função por Toni, o Benfica recebeu o Sporting sendo líder do campeonato, com dois pontos de avanço para o FC Porto de Artur Jorge. As águias tombaram com os golos de Morato e Manuel Fernandes, aos quais respondeu Manniche com um tento que de nada valeu. Os dragões bateram o V. Setúbal, ficando em igualdade pontual com as águias mas em vantagem no confronto direto. A ronda final (triunfo portista frente ao Covilhã e desaire encarnado no Bessa) deram o título ao FC Porto.
Os azuis e brancos beneficiaram também de forma clara de um dérbi em 1958/59. Na penúltima ronda o Benfica foi batido por 2-1 no reduto leonino, desfecho determinante para os portistas alcançarem a liderança de um campeonato decidido na diferença de golos.