Atlético de Madrid, a contas com o fair-play financeiro, apostou em regressos e só gastou 26,5 M€ no mercado contra os 49,3 M€ dos portistas
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A Champions abre com um duelo ibérico que, tal como na época passada, se disputa poucos dias depois do fecho do mercado de transferências e com a particularidade de o FC Porto ter investido em reforços quase o dobro do rival espanhol. A culpa foi de um problema que os dragões conheceram no passado e do qual se livraram finalmente: o fair-play financeiro.
Regressos de Morata, Saul Niguez e o empréstimo (Tottenham) de Reguillón fazem aumentar o valor de mercado dos colchoneros, que passa os 650 milhões de euros. FC Porto avaliado em menos de 250 M€.
Os colchoneros levaram um cartão amarelo da UEFA e tiveram de apertar o cinto na janela de verão, mas a questão não deve ter ficado resolvida com o baixo investimento porque, por outro lado, continua a ter salários milionários para pagar ao longo da época. A começar pelo treinador, que será o mais bem pago do mundo.
Replicando a estratégia que o FC Porto usou na primeira época de Sérgio Conceição, o Atlético de Madrid fez regressar vários atletas que estavam emprestados e não perdeu qualidade em relação a 21/22. Pelo contrário, até porque se só gastou dinheiro em dois novos jogadores - e um deles, Samuel Lino, foi emprestado - também é verdade que só perdeu um habitual titular, Renan Lodi, cedido ao Nothingham Forest. Além disso, com os tais regressos a "casa" de jogadores como Morata, Saul Niguéz e Grbic, a contratação a custo zero do ex-Benfica Witsel e por ter recebido por empréstimo do Tottenham o lateral esquerdo Reguillón, ficou com um plantel ainda mais equilibrado e valorizado.
O português João Félix, do Altético, é o mais valioso entre todos os que vão subir ao relvado do "Metropolitano". Do lado do FC Porto é Otávio quem tem a maior cotação para o "Transfermarkt": 30 M€
De acordo com o "Transfermarkt", os jogadores à disposição de Simeone valem, no seu todo, 651,5 milhões de euros, enquanto que os de Conceição não chegam aos 250 M€ (245,3), tendo "perdido" quase 20 milhões de euros de cotação em relação ao plantel que iniciou a época passada. Isto tendo em conta a avaliação feita há um ano.
É com este desequilíbrio de valores que o FC Porto entrará em campo esta noite para tentar arrancar da melhor forma a sua 26ª presença na Liga dos Campeões, o dobro das que o Atlético de Madrid tem no currículo.
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Madrid, a capital mais visitada
Na história das competições europeias do FC Porto, Madrid é a capital mais que mais vezes visitou. Este será o décimo primeiro jogo naquela cidade, onde só venceu uma vez em jogos oficiais, precisamente diante do Atlético, em 2009 (3-0 com golos de Bruno Alves, Falcao e Hulk).
Com este adversário soma ainda dois empates e duas derrotas. Já com o Real são quatro desaires e um empate, sendo que nestas contas não entra a derrota de outubro de 1987 (Taça dos Campeões Europeus) porque esse encontro foi disputado em Valência. No mapa dos dragões, seguem-se Londres e Atenas como as outras duas capitais onde mais jogou. Oito em cada, sendo que em Inglaterra perdeu sempre e na Grécia leva dois triunfos, dois empates e quatro derrotas.
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