O JOGO analisou o desempenho dos três grandes após um tetrajejum e a regra indica que não mudam de treinador e que investem forte na contratação de jogadores... sem sucesso.
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Dando a Nuno Espírito Santo a hipótese de cumprir o contrato ou apostando numa alternativa para o cargo de treinador, o FC Porto está obrigado a contrariar o passado para acabar, já na próxima época, com um hiato de quatro épocas sem vencer o campeonato. A conclusão é da análise que O JOGO efetuou ao desempenho dos três principais clubes nacionais na temporada a seguir a um tetrajejum, da qual sobressaem três regras: a continuidade do treinador da época anterior; um forte investimento no reforço do plantel, principalmente nos últimos 30 anos, quando o número de atletas por grupo cresceu exponencialmente; e um fracasso generalizado. Há, contudo, exceções em todos os casos. O Benfica, que, dos três grandes, é o que melhor reage a estes ciclos, trocou duas vezes de técnico (2009/10) e acabou por se dar bem. Mas também aconteceu não mudar (1949/50) e acabar como campeão.
No caso concreto do FC Porto, o cenário não é o mais animador para os adeptos. Reza a história que o clube não costuma mudar de treinador após um tetrafracasso, que aposta forte na contratação de jogadores e que o título lhe costuma escapar... para o Benfica. De resto, o jejum mais curto dos dragões foi precisamente esse: cinco anos. O responsável pelo fim desse ciclo foi Artur Jorge, que assumiu a equipa dos azuis e brancos em 1984/85, devido à doença de José Maria Pedroto. Foi o Zé do Boné, contudo, que lançou as bases para esse sucesso, uma vez que de uma temporada para a outra transitou um total de 17 jogadores, muitos deles internacionais, como André, Frasco ou Fernando Gomes, entre outros.