Peter Rufai, lendário guardião nigeriano, recorda os grandes duelos que travava no campeonato português
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Rufai teve três duelos com o FC Porto, um apenas no São Luís, e o resultado foi sempre o mesmo, derrota por 2-0, tendo no Algarve sido Domingos Paciência a capitalizar com um bis a supremacia portista.
“Lembro-me que havia seis adversários muito complicados, por uma certa ordem. Primeiro o FC Porto, depois Sporting, Benfica, Boavista, V. Guimarães e Marítimo. O FC Porto era mesmo muito duro, e nunca nos demos bem nessa altura. Estes eram os adversários onde nos testávamos para perceber o quanto podíamos escalar. Eram a nossa montanha. Havia grandes jogadores, a liga era ótima”, conta sobre o Farense, apurado para a UEFA, tendo defrontado o Lyon, “outro grande adversário”.
“Era uma época muito feliz no campo, que eu associava a uma vida perfeita no Algarve com grandes praias e comida fantástica, todo esse peixe e marisco. Os fãs divertiam-se muito com o que jogávamos”, avalia o nigeriano, explicando a troca de paisagem europeia na carreira, após o Mundial dos EUA. “Após o Mundial tinha várias ofertas, o meu agente falou-me do Farense como o clube a escolher. Conhecia Portugal mas não sabia muito, embora tivesse feito um estágio pela Nigéria no Algarve. A Liga holandesa era boa, mas a portuguesa era tecnicamente de melhor nível e taticamente muito desenvolvida. Havia grandes jogadores, brasileiros fantásticos e ainda Preud’Homme, Balakov, Cannigia e Jardel”, recorda Rufai, rei em Faro, que declinou ser príncipe na Nigéria.