Medida inédita na presidência de Villas-Boas. Dualidade de critérios em lances semelhantes levam o clube a avançar com uma queixa formal junto do Conselho de Arbitragem
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“Ao contrário do que acontecera uma semana antes com o Benfica em Arouca, o videoárbitro transformou um golo a favor num penálti contra e o FC Porto acabou por empatar em vez de ganhar (1-1).” A crítica deixada, ontem, na newsletter “Dragões Diário”, na sequência do título da crónica do jogo no site oficial do clube - “Desfecho decidido pelo VAR”,- serve de mote para uma exposição que, sabe O JOGO, os responsáveis portistas pretendem enviar ainda hoje para o Conselho de Arbitragem da FPF em que vão apontar o dedo a algumas decisões de arbitragem ao longo desta temporada, com especial incidência no lance de Famalicão que transformou um golo - que seria o 2-1 para a equipa de Vítor Bruno - numa grande penalidade a favor da equipa da casa.
O treinador portista foi o primeiro a apontar o dedo à arbitragem, acusando mesmo Luís Godinho de uma falsa justificação. “No fim o árbitro diz-me que foi a mão direita que toca na bola, é mentira. É o braço esquerdo e está colado ao corpo”, referiu. Pouco depois, o clube, através das redes sociais, também visou a arbitragem. “Cinco dias de distância, dois critérios diferentes”, escreveu com imagens do penálti de Famalicão e de um semelhante na receção ao Casa Pia que envolveu Livolant e que não foi sancionado. Esse será, aliás, um dos exemplos que o FC Porto vai expor ao CA. Outro será um lance que envolveu Otamendi na área do Arouca, na jornada passada, num jogo arbitrado também por Luís Godinho e que para os dragões, deveria ter sido penálti.
Quanto ao VAR Tiago Martins, o FC Porto entende que abusou do seu poder em Famalicão e vai, ainda, apresentar como argumento o Benfica-Farense da época passada, com o mesmo interveniente, em que não alertou o árbitro, na altura Miguel Nogueira, para uma eventual mão de Otamendi na sua área.