Portistas só superaram o adversário por uma vez (Estoril) nos últimos cinco jogos a contar para o campeonato. Desafio com o Aves SAD foi aquele em que os azuis e brancos registaram a taxa de sucesso mais baixa (38%). Com o Benfica saíram por cima no ar, mas perderam amplamente nas disputas no solo.
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Foi com um futebol muito pouco dependente dos duelos individuais que o FC Porto ganhou quatro dos últimos jogos para o campeonato. Martín Anselmi tem sublinhado por diversas vezes a importância de os vencer para a equipa estar mais próxima do sucesso, mas a taxa dos azuis e brancos no período analisado só não foi inferior à do adversário por uma vez: com o Estoril. Contra os canarinhos, os dragões foram superiores em toda a linha: nas disputas pelo solo (55%), pelo ar (67%) e, naturalmente, no acumulado (57,5%). O jogo mais associativo introduzido pelo treinador argentino, que aprecia uma posse de bola com um risco muito próximo do zero, aliada à pressão coletiva, tem ajudado a contornar este défice de duelos ganhos nos confrontos com as equipas mais pequenas de há uns tempos a esta parte, mas revelou-se um problema no clássico.
Na receção ao Benfica, o FC Porto terminou o jogo com mais disputas ganhas pelo ar do que o rival da Luz (18 contra 12). O problema esteve na quantidade de perdas pelo chão (28 contra 40) – no total, os encarnados venceram 52 dos 98 duelos – e essas acabam por ser determinantes para criar desequilíbrios, porque englobam o sucesso em situações de um contra um. No entanto, esse nem foi o encontro em que os azuis e brancos registaram o número mais baixo neste ciclo de cinco. Com o Aves SAD, no arranque desta sequência, os portistas só venceram 32 dos 84 duelos contabilizados pela “Opta”: 23 à flor da relva e nove nas alturas.
Nas duas jornadas mais recentes, com o Casa Pia e o Famalicão, a taxa de sucesso do FC Porto no parâmetro dos duelos rondou os 40%. Isso não impediu a equipa de obter o resultado pretendido, mas não deixa de ser uma tendência preocupante para Anselmi.