Mateus Pasinato tem consciência da qualidade do FC Porto, mas acredita na passagem à próxima eliminatória da Taça
Corpo do artigo
Mateus Pasinato defendeu a baliza do Moreirense durante três épocas, defrontando várias vezes o FC Porto, e recorda a partir do Brasil, onde joga e reside, como em Moreira de Cónegos eram preparados os jogos com os portistas. “A preparação foi sempre feita em função das características do adversário, do seu esquema tático e individualidades. Nesse tipo de jogos, a concentração e a motivação crescem de uma forma natural. É um David contra Golias e isso motiva, ajudando a deixar de lado a ansiedade e a ter confiança para fazer um bom jogo”, assinalou o guarda-redes.
“Para ganhar a equipas como FC Porto, Benfica ou Sporting é preciso estarmos num dia em que tudo dá certo para nós e nada lhes corre bem a eles. É difícil, naturalmente, mas é sempre possível vencer, até porque há aquela motivação extra de nos superarmos”, acrescenta ainda.
Apesar da distância, o brasileiro continua a acompanhar o futebol português, sobretudo o clube de Moreira de Cónegos. “Vejo todos os jogos pela TV, em direto ou os resumos. O clube está a ter um bom desempenho e acredito que vai voltar a fazer uma boa época, até porque manteve a base da época passada e foi buscar o César Peixoto para liderar a equipa técnica”, resumiu o guarda-redes.
No Cuiabá, o guarda-redes cruzou-se com o técnico Petit, que entretanto saiu e assumiu o comando do Rio Ave. “A passagem do Petit pelo Cuiabá foi um grande desafio para ele e para a sua equipa técnica, pois chegou com várias provas a meio, algumas em fases decisivas, nas quais precisávamos de reverter resultados. Sentiu algumas dificuldades face às características do campeonato brasileiro e a sua logística de viagens, os resultados acabaram por não aparecer e a sua saída acabou por ser natural. Mas, tanto ele como os seus colaboradores são boas pessoas e bons treinadores e gostava de voltar a trabalhar com eles”, afirmou o guarda-redes, em jeito de remate. Aliás, voltar a Portugal faz parte dos planos.
Aves foi hipótese antes de Ochoa
Mateus Pasinato jogou três anos no Moreirense e regressou ao Brasil para defender as cores do América, primeiro, e Cuiabá, depois, mas não consegue esquecer Portugal. E quer voltar. “Retornar a Portugal não é só desejo, mas uma grande vontade que tenho. Tive uma proposta do Aves SAD no início da época, mas a transferência acabou por não se efetuar devido a questões contratuais com o meu clube atual e eles contrataram o Ochoa. Quero voltar a jogar na I Liga de um país que sempre nos abraçou, encantou e cuidou bem de nós quando precisamos, por exemplo, quando a minha filha Antonella foi diagnosticada com a diabetes”, sublinhou.