Seitaridis recorda ano no Dragão com conquista da Taça Intercontinental e fala de quem mais o ajudou; Antigo lateral lamenta só ter passado um ano no clube, onde foi companheiro de um jovem Pepe, também acabado de chegar, mas que ainda joga ao mais alto nível. "Tenho um enorme respeito por ele."
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Seitaridis chegou com grande estatuto ao FC Porto em 2004/05, entrando como um grande reforço na renovação do plantel portista, depois de muitas saídas do grupo que conquistou a Liga dos Campeões 2003/04. Seitaridis foi uma das escolhas, positivamente avaliado pela conquista do Europeu de 2004, realizado em Portugal, onde foi um dos craques da Grécia. Com a saída de Paulo Ferreira, a faixa direita da defesa foi-lhe entregue por Victor Fernández. Passaria, porém, apenas um ano no Dragão, onde cumpriu 34 jogos antes de ser transferido para a Rússia.
Em conversa com O JOGO, desde Atenas, o ex-lateral recordou os tempos em que vestiu de azul e branco. "Foi ótimo chegar ao FC Porto, senti a grandeza do passo que dei. Estava a assinar pela melhor equipa da Europa e chegava como campeão europeu de seleções. E a experiência foi fantástica, até porque em poucos meses o FC Porto era campeão mundial, após essa vitória sobre o Once Caldas. Fiquei com mais esse título!", relatou Seitaridis, lembrando o trajeto curto, pois logo depois vieram os milhões da Rússia. "Gostaria de ter ficado mais anos no FC Porto e de ter comemorado mais títulos. É um daqueles clubes onde qualquer um gostava de passar muitos anos da sua carreira. É de topo, em todos os aspetos. Nunca se sabe o futuro, sinceramente ainda tenho o desejo de voltar um dia e trabalhar no FC Porto a partir de outra posição", sustentou.
Atualmente com 42 anos, Seitaridis terminou cedo a carreira (em 12/13) e fez algumas revelações do balneário que encontrou, repleto de figuras sonantes da história portista. "Apanhei um grande elenco, grandes personagens e um ótimo ambiente. Havia entre todos ótima ligação. Costinha ajudou-me imenso quando cheguei, o Vítor Baía e o Jorge Costa perguntavam-me sempre o que precisava pelas minhas dificuldades de comunicação nos primeiros tempos. Depois havia Benny McCarthy, Pedro Emanuel, Nuno Valente, Nuno Espírito Santo, Bosingwa, César Peixoto... e muitos outros. Aquele clube era uma grande família, só tenho boas lembranças", recordou, não esquecendo aquele que é, ainda hoje, pilar da casa. "O Pepe ia comigo para os treinos na fase inicial, porque estávamos hospedados no mesmo hotel. Mas só nos comunicávamos com as mãos, porque eu não conseguia falar português e ele não falava inglês. Tenho um enorme respeito por ele, porque tem uma carreira notável e continua a apresentar-se a alto nível. Era grande pessoa", acrescenta.
A marca e o respeito por Portugal
A passagem pelo FC Porto e por Portugal foi curta, mas impactante na carreira de Seitaridis, afinal, foi no nosso país que conquitou os maiores feitos. "Toda a Grécia tem ótimas lembranças até hoje. Foi a maior conquista do país em desportos coletivos e nunca será apagada. Temos também um grande respeito por Portugal e pelos portugueses, porque respeitaram a nossa vitória e felicitaram-nos. Portugal está no meu coração, joguei lá, tive êxito no FC Porto e todos me ajudaram."