Última vitória sobre o FC Porto na Liga aconteceu em 2015/16, época em que os minhotos ergueram a Taça.
Corpo do artigo
O Braga tem pela frente duas oportunidades consecutivas para pôr uma pedra sobre os maus resultados em confrontos com o FC Porto, primeiro para o campeonato (próximo sábado) e depois para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal (2 de abril). Há três anos que os arsenalistas não levam a melhor com este rival e foi precisamente no Estádio Municipal, palco dos próximos jogos com os azuis e brancos, que venceram pela última vez, para o campeonato. Paulo Fonseca era o treinador e, na mesma temporada (2015/16), a equipa não perdeu qualquer dos três jogos disputados com o FC Porto, que logo à oitava jornada, no Estádio do Dragão, não foi além de um empate a zero no primeiro duelo com os minhotos. Após ter batido o FC Porto na Pedreira, para o campeonato, acabando com um jejum de seis épocas, e logo por 3-1 (desde 1998/99 que não marcava três golos em casa aos portistas), o Braga reservou para o fim o melhor de uma época memorável: na final da Taça de Portugal, reencontrou-se com os dragões e conquistou o troféu ao ganhar nos penáltis (4-2), depois de um empate a dois no prolongamento.
Um dos heróis arsenalistas nesses jogos com o FC Porto foi o lateral-esquerdo Djavan, agora no Chaves. O defesa aponta a estratégia de Paulo Fonseca como chave para o sucesso. "Fosse contra quem fosse, apostávamos sempre na posse de bola para desgastarmos os adversários. Tínhamos uma média superior a 50 por cento de posse de bola. Foi o que fizemos, por exemplo, nessa vitória por 3-1 sobre o FC Porto. Obrigámos os seus jogadores a correrem atrás da bola e aproveitámos bem as oportunidades. Eles ficaram muito desequilibrados após o 1-0, e pior ficaram quando cruzei para o golo do Rafa. Só conseguiram reduzir para 2-1, mas depois o Alan fez o terceiro. Também éramos muito rápidos a reagir à perda de bola", recorda o brasileiro. Olhando ao atual Braga, Djavan considera que "não jogam tão adiantados no terreno" como em 2015/16, mas por outro lado é "muito coeso defensivamente. Jogam com um bloco mais baixo; com o Paulo Fonseca, o Braga era muito equilibrado em bloco alto".
A partir daí, o FC Porto só não foi um pesadelo em 2016/17, numa visita à Pedreira que terminou com uma igualdade (1-1), com Jorge Simão no comando da equipa. Essa mesma época foi, porém, atribulada para os bracarenses, pelo que o mesmo treinador seria substituído antes do fim por Abel, em quem Salvador aposta para comemorar, pela primeira vez, a conquista do título. Com o atual técnico, o sonho ganhou dimensão, bateram-se recordes (de pontos e golos), mas o Braga voltou a mergulhar nas trevas dos resultados negativos frente ao FC Porto. São quatro derrotas seguidas, uma em casa e três no Dragão.