O FC Porto volta a contar com um dos seus elementos mais importantes, que deixou para trás a covid-19.
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Confirmou-se a boa notícia que se perspetivava para o FC Porto e anunciada há dois dias por O JOGO: Otávio ultrapassou a covid-19, recebeu alta e já treinou integrado.
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Os exames de rastreio, como ecocardiograma, eletrocardiograma e prova de esforço, não detetaram sequelas, e o médio está a postos para a visita ao Farense, na segunda-feira. Falhou o empate (1-1) com o Benfica e a derrota (1-2) com o Sporting, mas regressa a tempo de novo ciclo frenético: até 21 de fevereiro, os dragões terão pelo menos oito jogos, ou nove, se afastarem o Gil Vicente da Taça de Portugal.
Otávio não enfrentou problemas de maior durante a doença e treinou em casa durante os dez dias de isolamento, o mínimo exigido nestes casos. Ainda terá a sessão de hoje para se aproximar da melhor condição física e afinar a estratégia para o Farense, mas o FC Porto volta a contar com um dos seus elementos mais influentes.
Uma preponderância visível na participação em 11 golos (três disparos certeiros e oito assistências) e no facto de Sérgio Conceição nunca ter prescindido de Otávio, sempre que o teve à disposição, mesmo nos jogos em que fez alguma gestão. O pleno entendimento da filosofia do treinador, a atitude competitiva e a capacidade de jogar a meio-campo ou a partir da ala esquerda, tornam este regresso ainda mais saudado, em virtude das ausências que a equipa ainda enfrenta.
Otávio só não foi utilizado esta temporada por castigo ou indisponibilidade física. Soma três golos (dois na I Liga e um na Champions) e oito assistências, em 20 partidas
O melhor a entregar a bola em zonas de decisão
Para lá dos golos e das assistências, a influência de Otávio na manobra ofensiva do FC Porto fica visível noutro parâmetro, denominado passe valioso: trata-se de entregas efetuadas com sucesso a menos de 25 metros da baliza adversária. Segundo os dados disponibilizados pelo portal "Goal Point", o brasileiro faz 6,5 passes valiosos a cada 90 minutos, mais do que qualquer outro jogador na I Liga. A segunda melhor marca pertence a Tecatito Corona (5,8) e Pizzi, do Benfica, fecha o pódio, com 5,3.
Abrindo a análise às cinco principais ligas, esta eficiência em plena zona de decisão deixa Otávio no 11.º lugar, mas a média do portista só é batida por jogadores de renome, como Salah (6,7), Bruno Fernandes (7,1) Neymar (7,4) ou Ilicic (8,7) num índice liderado por Lionel Messi (9,1).