Sociedade liderada por André Villas-Boas considera desproporcionada a ideia dos encarnados de pedir investigação à entrada de ex-árbitros para a estrutura dos clubes
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A preocupação demonstrada pelo Benfica em relação à contratação de ex-árbitros para as suas estruturas, foi encarada pelo FC Porto como “uma falta de respeito para com diversos profissionais da indústria do futebol, bem como alguma omissão seletiva de factos que envolvem direta ou indiretamente” os encarnados.
A reação dos azuis e brancos surge na sequência da contratação de Bertino Miranda, antigo árbitro assistente, pelo que consideram “profundamente desproporcionada” a proposta de solicitar à FPF, à Liga e à Procuradoria-Geral da República a abertura de uma investigação sobre o exercício destas funções.
“Tal sugestão levanta, de forma infundada, um manto de suspeição sobre figuras nacionais internacionais que, de forma séria e competente, exercem ou exerceram funções relevantes em órgãos federativos, associativos, representações de classe ou até em clubes, onde colocam ao serviço da indústria o seu conhecimento técnico especializado”, pode ler-se na extensão carta dirigida a Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal, a que O JOGO teve acesso.
Os dragões, na missiva assinada por André Villas-Boas, recordam que existem muitos ex-árbitros a liderar associações, como Pedro Proença, presidente da PFF, e acusa “certos clubes que, de forma reiterada, recorrem a ‘especialistas em arbitragem’ em painéis televisivos e meios de comunicação social, com o objetivo claro de gerar opinião favorável ou desfavorável, condicionando, por essa via, o julgamento do trabalho dos árbitros e afetando a sua dignidade profissional”.