Um olhar mais detalhado aos dados divulgados pelo FC Porto no portal da transparência
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O FC Porto detalhou esta quinta-feira, no Portal da Transparência, os negócios efetuados no último defeso, com a SAD a gastar 109,3 milhões de euros em contratações, que tiveram um custo de intermediação de 4,92 milhões de euros. Representa 4,5% do total investido, bem abaixo da referência de 10% apontada pela FIFA como o ideal nas transações de futebolistas.
As contratações de Alberto Costa, Borja Sainz, Dominik Prpic, Gabri Veiga, Jan Bednarek, Luuk de Jong, Nehuén Pérez (a título definitivo), Pablo Rosario, Samu (os 50% do passe que faltavam) e Jakub Kiwior (empréstimo) transformaram o perfil da equipa azul e branca e representaram o maior investimento da história, com a SAD liderada por André Villas-Boas a conseguir baixar os custos de intermediação.
Alberto Costa, contratado à Juventus por 15 milhões de euros, foi o atleta que teve a comissão mais elevada (1,5M€), de 10%, contrastando, por exemplo, com Borja Sainz. O extremo chegou do Norwich por 13,33 milhões de euros e a custo de intermediação cifrou-se, apenas nos 600 mil euros, ou seja 4,5% do negócio.
Ainda mais baixas foram as despesas com o central Bednarek, que obrigou a um investimento de 7,5M€ por 100% do passe e apenas 3,3% de comissão (250 mil euros), enquanto uma das novas estrelas da equipa, Victor Froholdt, foi adquirido por 20 milhões de euros, com 1 milhão de custo de comissão (5%).
O documento emitido no Portal da Transferência aponta, ainda, os valores com as comissões de gestão, que são valores pagos aos agentes durante a vigência do contrato dos jogadores, de acordo com o ordenado dos mesmos e diluídos pelo número de anos em que estiverem ligados ao clube. Neste caso, e perante o muito improvável cenário que todos os atletas cumpram os respetivos contratos até ao final e não sejam transferidos antes, a SAD azul e branca terá de pagar um total de 9,14 milhões.
Vendas com custos superiores
As vendas e empréstimos efetuados pelo FC Porto no último mercado de verão fizeram entrar 77,05 milhões de euros nos cofres azuis e brancos e a SAD pagou um total de 5,64M€ em comissões, o que representa uma percentagem (7,3%) superior à das contratações, os já referidos 4,92%. A transferência de Francisco Conceição, a título definitivo, para a Juventus rendeu 32 milhões de euros, seguindo-se os 17 M€ garantidos com Otávio Ataíde no Paris FC, os 12 M€ de João Mário (Juventus) e os 10 M€ de Gonçalo Borges (Feyenoord).