Como se contratou, como se trabalha e que recordes estão prestes a cair? Esta é a história da equipa B mais forte da história do futebol português, que só no Real Madrid encontra um conto de fadas paralelo.
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Em toda a Europa, só o Real Madrid (1983/84) conseguiu fazer de uma equipa B campeã do segundo escalão mais importante do país. A "Quinta del Buitre" meteu, mais tarde, uma série de jogadores na seleção espanhola. Michel, Butragueño e Martín Vásquez são, por ventura, os mais conhecidos. Remeter Francisco Ramos, André Silva, Gleison ou Ismael Díaz para um futuro tão brilhante parece, ainda, precipitado. Mas esta equipa B tem tudo para fazer história. Falta apenas uma vitória e, se o Chaves não ganhar em Portimão, o onze escolhido por Luís Castro até pode entrar já campeão. De que fibra é feita, afinal, esta equipa? E como se construiu o conto de fadas que está prestes a terminar com um final feliz?
O trabalho do treinador e o talento dos jogadores são, à primeira vista, o vetor principal do sucesso. Mas o guião desta história começou a ser escrito pelo departamento de scouting, reformulado ao abrigo do projeto Visão 611. Foi ele que trouxe Ismael Díaz, Omar Govea e Erik Palmer, por exemplo. O primeiro foi descoberto no Mundial de sub-20 da Nova Zelândia. Os outros dois apareceram em competições da Concacaf para seleções de escalões de formação. Gleison e Maurício foram observados internamente, Rodrigo e Chidozie foram sugeridos pelos respetivos empresários. Em comum têm as condições de contratação: chegam com ordenados baixos e emprestados por uma época com direito de opção.