Adeptos infratores poderão ver acesso ao estádio barrado. Ingressos em 2025/26 passarão a ser nominais
Corpo do artigo
O FC Porto vai apertar o cerco à candonga, implementando um conjunto de medidas que visam eliminar este tipo de práticas, já a partir da próxima época. As alterações estão a ser preparadas há vários meses, em linha com o que já se verifica noutros clubes do Velho Continente.
Ao que O JOGO apurou, uma das mudanças prende-se com a relação de compra e venda de ingressos, que passará a ser direta e individual, através de uma nova plataforma digital na qual todos os sócios e adeptos terão de se autenticar. Isso levará a que os bilhetes passem a ser nominais e integrados no universo da tecnologia NFC, tal como já acontece na Zona com Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos (ZCEAP) e desde o lançamento do novo cartão de sócio.
A decisão prende-se com a análise efetuada nos últimos meses pelo FC Porto, que resultou na identificação de centenas de casos de uso abusivo ou irregular de bilhetes de sócios e lugares anuais, com um impacto negativo nas contas de centenas de milhares de euros.
Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, os dragões ponderam mesmo agir disciplinarmente contra os infratores, barrando-lhes o acesso a todos os recintos desportivos do clube já a partir do próximo mês, não estando também excluída a possibilidade de levar os casos mais graves à Justiça.
O problema motivou a aplicação de regras mais apertadas logo no começo de 2024/25, que acabaram por mitigá-lo. Desde logo, passou a existir um controlo mais apertado para sócios nas portas de jogos de Infantis e Juniores.
Além disso, foram introduzidas restrições à reemissão de bilhetes, bem como à distribuição individual para públicos especiais, uma vez que convites, lugares anuais e bilhetes para sócios ou entidades protocoladas, com preços mais reduzidos, eram muitas vezes revendidos no mercado negro por valores superiores.