"Fazer dois golos de uma assentada serenou a equipa, mas não podemos perder a identidade"
Declarações de Vítor Bruno após o Santa Clara-FC Porto (0-2) da 2.ª jornada da I Liga
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Análise: "A equipa foi muito séria no jogo. É verdade que a primeira oportunidade foi do Santa Clara, numa abordagem em que eles têm mérito em como a conquistaram. A partir daí é totalmente nosso. Com posse, a identificar as zonas onde poderíamos tirar vantagem. Fizemos dois golos. A segunda parte tornou-se enfadonha. Não sendo aceitável, acaba por ser entendível. Mas não fiquei satisfeito. A equipa tem de ter argumentos para não perder a sua identidade, procurar a baliza, ver golo. Entendo, porque o jogo teve nuances que nos levaram para um grau de dificuldade elevado, como o campo, o sol e o calor. O resultado é inteiramente justo, não tem discussão. A equipa sentia-se que estava cómoda. Mas cómoda... Não gosto quando o comodismo começa a entroncar em algum facilitismo. Não gosto. Gosto sempre em 'red line', em alta rotação. Não tem que ser sempre a chegar à baliza em dois ou três toques, mas tem de ser sempre com o objetivo de ver a baliza adversária, e isso não aconteceu na segunda parte."
Condicionantes: "Não condiciona só para o FC Porto. O Santa Clara pode estar mais adaptado. São fatores que não controlamos. Temos de encontrar antídotos e não fugir do que somos nós e nunca menosprezar variáveis importantes do jogo. A equipa teve comportamento fiel na primeira parte, assim somos bem sucedidos. Sabemos que é um campo difícil. Fazer dois golos de uma assentada serenou a equipa, a equipa esteve bem, controlou o jogo com bola. Mas na segunda parte tínhamos obrigação de fazer mais."