Sucessor de Vítor Murta propôs ao Conselho de Administração da SAD redução do rendimento, numa medida simbólica de austeridade
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Eleito presidente do Conselho de Administração da SAD do Boavista na última terça-feira, Fary tem vivido dias agitados, numa luta contra o tempo para recuperar a credibilidade do clube e resolver os problemas financeiros. A vertente desportiva é prioritária, dando todas as condições para que a equipa alcance a permanência na I Liga. Anteontem assistiu ao treino já na nova condição, moralizando o plantel para os dois jogos que se avizinham, contra FC Porto e Vizela.
Sem tempo a perder, o novo Conselho de Administração esteve reunido ontem pela primeira vez, tendo marcado presença Fary, Carmelo Fraile Renieblas e José Roibas Vazquez, administrador executivo e administrador não executivo, respetivamente, dupla que tinha saído em divergência com Vítor Murta.
Eleição do novo presidente teve enorme impacto no Senegal, com direito a várias mensagens, entre as quais as do Presidente da República, do primeiro-ministro e da ministra do Desporto.
E como quer ser parte da solução, Fary deu o exemplo. Segundo O JOGO apurou, o sucessor de Vítor Murta propôs ao Conselho de Administração, e por consequência a Gérard Lopez, o principal acionista, uma redução para metade do salário pago ao presidente da SAD, ideia que foi aprovada.
Tal como referiu na primeira mensagem como presidente da SAD, Fary pretende “um Boavista credível, transparente e respeitado.” O líder axadrezado já está, inclusive, a preparar a reestruturação económico-financeira da SAD.
Fary foi eleito para os próximos dois anos, até 2026, e já liderou a primeira reunião da SAD
Eleito para o mandato 2024-2026, Fary recebeu felicitações de vários quadrantes, concretamente da Federação Portuguesa de Futebol, Liga e Associação de Futebol do Porto. Nas redes sociais, as publicações na página do Boavista receberam os “gostos” de várias figuras, como Nuno Gomes e Bruno Fernandes.
O impacto da eleição chegou ao Senegal, o país natal do antigo internacional. O Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye, o primeiro-ministro, Ousmane Sonko, e a ministra do Desporto, Khady Diène Gaye, enviaram mensagens pessoais e emitiram um comunicado oficial.