"Fartei-me de chorar", confessou a mãe dos goleadores do Famalicão e do Leixões
Nilza Antónia, a mãe da arma secreta do líder da I Liga, contou a O JOGO que o avançado Anderson também se safa muito bem na cozinha e até já sabe fazer francesinhas...
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Enquanto Anderson brilhava na sexta vitória do Famalicão no campeonato, Nilza Antónia, a mãe do brasileiro, sofria e chorava do outro lado do Atlântico com o relato do jogo. No final, o dianteiro dedicou a exibição de sonho a Nilza e ao irmão gémeo, André Clóvis, que joga no Leixões, palavras que inundaram com mais lágrimas os olhos da mãe.
O dianteiro é irmão gémeo de André Clóvis, do Leixões, e quando estão de férias vão para um campo de terra jogar com os amigos de infância para manter a forma. Mãe chorou com golos do filho
"Fartei-me de chorar. Tenho vários amigos em Famalicão e estou a receber uma enxurrada de mensagens", conta a O JOGO, diretamente de São Paulo, a mãe da arma secreta dos minhotos.
Por falar em choro, André Clóvis também deu a vitória ao Leixões no jogo da semana passada frente ao Benfica B e emocionou-se igualmente nas entrevistas rápidas. "Os meus filhos só têm tamanho. São carismáticos mas carinhosos", conta Nilza. Anderson ficou sem o pai quando tinha três anos, mas esteve sempre rodeado de um batalhão de irmãos.
Os quatro golos de Anderson fazem do dianteiro o suplente mais eficaz da I Liga, à frente de Rodrigo Pinho (Marítimo), com três.
"Tive quatro filhos e tenho outros sete a que chamo filhos do coração, ou seja, crianças necessitadas de quem cuidei", conta. Nilza, de 65 anos, está aposentada e prestes a vir passar uns meses a Portugal para... provar os cozinhados de Anderson.
"Chego a Portugal no dia 14 de outubro. Fico um mês e meio com o Anderson, que mora em Famalicão, e outro mês e meio com o André, que está em Matosinhos. Eles são autónomos e sabem cozinhar. O Anderson sabe fazer muito bem um arroz com feijão. No ano passado comi uma francesinha feita por ele. Eu disse-lhe que estava deliciosa, mas no restaurante é melhor", relata, entre risos.
Anderson, que tem 115 minutos no campeonato, só precisa de 29 minutos para fazer um golo. Foi sempre suplente utilizado em seis jogos
Quando estão de férias no Brasil, Anderson e André jogam na rua para manterem a forma. "Eles pegam nos amigos de infância e vão fazer umas peladas num campo de terra", revela. Anteontem, logo depois de ter decidido o encontro frente ao Belenenses, Anderson ligou à mãe, como sempre faz. "Os meus filhos ligam-me antes e depois dos jogos. O Anderson não conseguia dizer nada, só chorava. Quando ele me liga, eu critico e elogio, mas ontem [anteontem] só pude elogiar", remata.