Família de Alex Apolinário reage à morte do jogador: "Não queria vê-lo voltar num caixão"
Irmão e mãe dão voz ao desespero sentido com a morte inesperada do futebolista.
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A notícia da morte de Alex Apolinário, médio de 24 anos do Alverca, foi confirmada na quinta-feira, quando o jogador entrou em quadro de morte cerebral no hospital de Vila Franca de Xira, e deixou a família em choque.
No Brasil, em declarações ao portal Globoesporte, o irmão de Alex, Fabrício, não escondeu a mágoa e referiu que a família vai-se aguentando "à base de medicação".
"O Velório vai ser aqui [cidade de Luís Anônio], toda a família dele é daqui. Ainda não sabemos quando vai chegar o corpo. A minha mãe falou com o empresário e com a esposa, parece que chega dentro de sete dias. Ficámos desesperados, estávamos ansiosos de vê-lo o quanto antes, como vamos dormir? Vamos ficar à base de medicamentos", começou por referir Fabrício, detalhando o choque que sentiu ao ver o irmão cair no relvado via transmissão:
"Ele não tinha estado muito bem na partida anterior, mandou-me mensagem a dizer que estava animado, que ia fazer um bom jogo. Disse-me para acordar cedo, que o jogo ia ser às 8h00 aqui no Brasil. Liguei a internet e estava a ver, parecia um pesadelo, não queria acreditar. Ele era uma pessoa sensacional, de bom caráter, alegre, não tinha mau humor. Foi um choque, não faz três meses que perdemos a nossa avó, infelizmente ele não pôde estar presente, ficou abatido, é complicado neste momento falar", acrescentou. A mãe de Alex Apolinário pensa na esposa e filhos deixados pelo atleta do Alverca:
"Tomei um calmante para ter força, tenho mais filhos para criar. Ele vai fazer muita falta, essa dor nunca vai sair de mim, vai deixar muita saudade. Sinto dó dos filhos que ele deixou, a esposa que ele amava. Sempre nos ajudou. Apoiava-o. Eu não queria vê.lo voltar num caixão. Ele tinha muitos sonhos na vida dele, com os filhos, para a família, deixou muita tristeza, estou com o coração partido", desabafou.