Fábio Vieira destacou-se nas estatísticas como um dos jogadores mais influentes da Liga Bwin e do plantel do FC Porto na capacidade e qualidade do passe.
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A venda de Fábio Vieira para o Arsenal vai encher os cofres dos dragões em 35 milhões de euros, no mínimo, mas pode empobrecer o meio-campo do FC Porto, sobretudo ao nível da qualidade do passe, trunfo no qual o médio se destacou como se pode comprovar nas estatísticas da Liga Bwin, na época 2021/2022.
Vamos começar pela mais óbvia: o médio terminou o campeonato como o segundo jogador da prova com mais assistências. Foram 14 passes que resultaram em golo, menos duas do que Rafa, do Benfica. Na finalização não destoou, tendo apontado ele próprio seis golos, o melhor registo pessoal depois de na época passada não ter feito nenhum em 19 jogos. Estes seis golos colocam-no no quarto lugar dos melhores marcadores do plantel, sendo suplantado apenas por Taremi (20 golos) e Evanilson e Luiz Díaz (14). A apetência pela baliza foi notória ao ponto de ser o 12.º jogador da Liga Bwin com a melhor média de remates, com 2,78 por jogo. Nesta média só foi batido no plantel por Luis Díaz (3,43) e Taremi (3,19). Outro aspeto curioso da finalização tem a ver com a apetência pela longa distância. No total foram 29 (19.º no ranking da Liga Bwin), sendo superado no plantel apenas por Vitinha (48, 2.º no campeonato).
No capítulo do passe os números atestam a inteligência do médio formado no FC Porto. Ele terminou o campeonato como o jogador com a melhor percentagem de acerto de passes progressivos (feitos para na direção do ataque), com uma precisão de 90,3% e o 1.º com a melhor média por jogo de passes para a profundidade (3,96). A integração na dinâmica ofensiva da equipa fica também estribada no 3.º lugar do ranking dos jogadores com a melhor média de receção de passes em profundidade (2,35 por jogo), atrás de Otávio (2,54) e Rafa (2,43, Benfica).
No capítulo disciplinar, assinale-se o elevado número de faltas. Sofreu uma média de 2,85 infrações à margem das leis do jogo, valor que o coloca em 11.º no ranking da prova, sendo o jogador dos azuis e brancos mais visado.
Em termos de utilização, o médio de 22 anos talvez ainda não tenha atingido a plenitude. Sérgio Conceição utilizou-o em 27 jogos, mas só três deles foram completos. É, aliás, o futebolista do plantel com mais partidas incompletas na Liga: 24.
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