Médio revelou que o regresso a casa, como um dos seis reforços portistas para 2024/25, foi iniciativa sua
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Fábio Vieira está de volta a casa, como um dos seis reforços do FC Porto para esta temporada. Dispensa apresentações e até a adaptação ao clube, mas vai aproveitar estes dias para conhecer as ideias de Vítor Bruno, sem esconder a vontade de voltar a pisar o relvado do Dragão. “Estou feliz, como é óbvio, é a minha casa. Estou ansioso por estar no estádio, jogar em frente a estes adeptos e fazer o máximo que posso por este clube esta época”, referiu aos meios do FC Porto, revelando como se processou o regresso, dois anos depois de sair para o Arsenal a troco de 35 milhões de euros. “Foi uma hipótese que, acima de tudo, surgiu de mim porque era uma coisa que eu já queria: ter minutos de jogo. Tive uma fase complicado em Inglaterra devido a duas leões, uma cirurgia, e neste momento senti que o FC Porto era uma boa oportunidade para continuar a crescer e a evoluir. Senti que este era o sítio certo para o fazer esta época”, explicou.
No plantel, Fábio vai reencontrar muitas caras conhecidas e um amigo especial, João Mário, que teve informação confidencial ao longo do processo negocial. “Temos mantido contacto, de vez em quando falamos. Mandou-me mensagem a saber se era real, eu esperei até ao fim para saber, pois nunca se sabe. Depois falamos sobre isso, é um amigo de há muitos anos, já partilhámos balneários desde miúdos.”
O médio sabe que, mesmo sendo um “filho do Dragão”, terá de partir do zero, em pé de igualdade com os companheiros, mas sem esconder a ambição. “A nível individual venho com o intuito de dar o meu melhor, nada está garantido. Vou ter de dar o meu máximo para dar o meu contributo na equipa”, atirou antes de falar dos objetivos coletivos. “Quando estás a vestir esta camisola, tens de lutar por todos os títulos, todas as competições em que estás inserido. É isso que vamos tentar fazer, lutar contra todos os adversários da mesma forma, sempre com o objetivo de ganhar”, prometeu.
Fábio saiu com 22 anos para o Arsenal, volta com 24 e também já como pai. Um amadurecimento que espera poder ser útil. “Tenho mais responsabilidades. Posso dizer que sou um homem diferente. Obviamente jogava num estilo diferente do que jogamos aqui, mas tanto lá como cá são duas equipas que têm sempre o controlo da bola, a maior parte do tempo estão em posse de bola, em processos ofensivos, mas também temos o processo defensivo, ambos são muito importantes no futebol. Temos de estar em nível de igualdade nos dois parâmetros para sermos superiores em todos os jogos”, apontou.
Neste regresso, Fábio foi presenteado com o número 10, que era de Francisco Conceição, mas desvalorizou o “peso” dessa camisola. “É um número como qualquer outro. Costuma-se dizer que se associa o número 10 a pés esquerdos, mas isso para mim é irrelevante, porque quem joga é a pessoa e eu vou fazer exatamente isso, jogar o que eu sei, dar o máximo pelo clube e dar alegrias aos nossos adeptos”, referiu.