DIAP de Lisboa explica que a investigação a responsáveis e colaboradores do Benfica é de especial complexidade.
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O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa pediu à juíza de instrução mais tempo para investigar o caso dos e-mails, devido à excecional complexidade do processo. A investigação em causa tem como alvos responsáveis e colaboradores do Benfica, que terão pressionado arbitragens e outras entidades do futebol português, acrescentando-se fortes indícios de que os encarnados tenham influenciado equipas adversárias de forma a obter resultados favoráveis ao Benfica.
A informação é avançada esta quarta-feira pelo jornal Expresso, que refere que os procuradores do DIAP consideram que esta "atividade criminosa se insere num esquema altamente organizado" onde podem estar em cima da mesa "crimes de corrupção ativa e passiva". Para justificar o pedido do alargamento do tempo da investigação, o MP fala na gravidade dos crimes em causa, no número elevado de pessoas a ser alvo dessa investigação e no volume da documentação que foi já e que ainda será produzida.
O inquérito, revela o Expresso, já conta com sete volumes e dezenas de apensos.