Ex-Sporting avalia Nzonzi, alvo do Benfica: "Impossível tirarem-lhe a bola em fase de construção"

Negociado pelo Benfica para reforçar o miolo da equipa de Jorge Jesus, Nzonzi, que pode chegar à Luz a custo zero, pois a Roma aceita libertá-lo do último ano de contrato, pode oferecer à equipa sobriedade defensiva e segurança na organização.

A apresentação é feita, a O JOGO, por Romain Salin, guarda-redes ex-Sporting e colega do médio na última época e meia no Rennes. "É um jogador de grande qualidade, um campeão do Mundo, e muito experiente. Dá estabilidade defensiva ao meio-campo e tem uma qualidade técnica acima dos outros", refere, realçando que se este "sabe defender", o seu "ponto forte é a construção".

"Ele é claramente um 6, não é um box-to-box, e é muito bom na cobertura aos centrais, mas percebe o jogo e a construir é impossível ele perder uma bola. Segura-a no pé e no 1x1 é muito forte. É impossível tirarem-lhe a bola em fase de construção, ele consegue sempre sair a jogar", garante, comparando-o "um pouco a William Carvalho" e frisando que o internacional francês "sabe perceber quando atacar rápido ou não, sabe gerir os tempos de jogo". Razão pela qual considera que Nzonzi "é importante para uma equipa que deve saber esperar quando atacar e gerir a bola".

"Pode ser uma peça-chave do Benfica", adianta, apontando ainda a "grande capacidade física" do atleta. "É importante também nas bolas aéreas, nomeadamente em zona defensiva, ajuda a tirar muitas bolas", conta, sobre o atleta, por quem o Rennes assumiu ontem a desistência, desejando-lhe "o melhor para projetos futuros".

Nzonzi tem 32 anos, mas Salin afirma que o BI não é uma questão. "Com 32 ou 22 anos, o importante é quando o projeto é bom e ambicioso. Ele não tem problemas em correr", dispara, admitindo que "para o Steven, o Benfica pode ser uma boa solução". "Pode ganhar campeonatos e troféus e até pensar na seleção", diz, frisando que Nzonzi "sabe respeitar a autoridade e perceber as ideias do treinador".

Sem surpresa pelo título do Sporting

Salin não esquece o Sporting, onde passou dois anos. Garante "não ter ficado surpreendido" com o título e diz-se "muito feliz". "Sei o que o Sporting passou nos últimos anos. Houve trabalho do treinador e do presidente. Souberam aproveitar o talento na formação. Quando lá estive vi que havia bons jogadores, tinham de ser aproveitados."