Raul Gudiño, ex-guardião do FC Porto, fala da motivação do compatriota para jogar sexto Mundial
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Mais novo 11 anos do que Ochoa, Raul Gudiño, de 28 anos, atualmente a defender o Necaxa, é outro aspirante a estar no Mundial de 2026, embora a sua aspiração não colida com a vontade de ver o compatriota, agora dono e senhor da baliza do Aves SAD, fazer história num sexto Mundial. Gudiño acompanha com muito interesse a chegada da lenda mexicana a Portugal, até porque ele também fez parte da família Asteca que esteve no FC Porto, fazendo trajeto na baliza dos juniores e da equipa B antes de subir à primeira equipa, onde trabalhou com Casillas, Helton, José Sá e Diogo Costa.
Agora no Necaxa, o guarda-redes mexicano que passou por Portugal, conversou com O JOGO sobre a grande aposta do amigo, que, diz, dá grande visibilidade ao Aves e até à Liga portuguesa.
“Para mim e para todos os mexicanos é importante e fundamental que Memo [Ochoa] esteja na Europa, a trabalhar nos limites como o tem feito até agora. É uma aspiração incrível essa sexta Copa e uma motivação alta ele continuar aí. Quer muito fazer história, sabendo que para tal tem de estar ao mais alto nível”, sustenta Gudiño, não dando importância a que Ochoa tenha escolhido uma equipa humilde de Portugal depois de Ajaccio, Málaga, Granada, Standard Liège e Salernitana. “Decisivo é ele estar ativo, a jogar. Não interessa tanto qual a Liga, é importante ele competir ao alto nível europeu, pois vai ajudá-lo muito. Não interessa se é uma equipa grande ou mais pequena, com mais ou menos história. A única coisa que importa é sentir exigência altíssima, defender com tudo a nossa camisola. Para a Liga Portuguesa e para o Aves SAD, estou certo que está a ser uma grande oportunidade terem aí um jogador como ele”, salienta o guarda-redes do Necaxa.
"Não pode perder a oportunidade de comer francesinhas"
O compatriota de Ochoa descreve também o grau da sua admiração pelo homem que já embalou no currículo 151 jogos pela seleção Asteca. “Tem uma história grandiosa, para mim é uma referência enorme, tanto pela trajetória como pela pessoa. É um grande amigo”, valoriza o antigo guardião do FC Porto, que também já somou cinco internacionalizações pelo México, tendo ainda memória de confrontos entre Chivas e América, contra Ochoa. “Enfrentei-o nesses jogos, um verdadeiro clássico. Desejo-lhe todo o êxito do mundo. A minha admiração é tão grande que num estágio da seleção, depois de um jogo, fui-lhe pedir a camisola, quando era seu companheiro. Foi engraçado mas ficou uma lembrança que era obrigatória”, revela.
Antecipando o choque entre o amigo e o FC Porto que um dia juntou Gudiño, Layún, Reyes, Herrera e Corona, expressa “muitas saudades dessa família mexicana”. “Hoje estamos todos separados. E as saudades também as tenho do FC Porto, com muitas imagens na cabeça, vejo jogos. Agora não tem mexicanos, mas vai ter um grande mexicano pela frente, que representa o México com enormíssima qualidade”, destaca, recomendando uma iguaria. “Ele não pode perder a oportunidade de comer francesinhas. Não lhe vai fazer mal!”, brinca.