Declarações de Rui Mota, que foi adjunto do treinador do Benfica na sua passagem pelo Beijing Guoan, da China
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Rui Mota, que foi adjunto de Roger Schmidt em 2018, aquando da sua passagem pelo Beijing Guoan, da China, descartou esta quarta-feira um cenário em que o treinador do Benfica peça a demissão.
“Bater a porta pelo próprio pé... Não me parece que o irá fazer. Poderá haver uma intenção de saída e de chegar a um acordo com o clube, porque, acima de tudo, é um profissional e tem de zelar também pelos seus interesses. A nível pessoal, parece-me que Roger Schmidt não está, de todo, satisfeito com a situação, ainda para mais porque, quando estamos no estrangeiro, estamos longe de casa e gostamos de ser bem recebidos e acolhidos", refletiu, em declarações à Antena 1.
"Se não houver bom acolhimento, as coisas podem tornar-se mais difíceis para se permanecer. Parece-me que Schmidt também tem a sua família consigo e não está a gostar, de todo, deste tipo de atitudes. O futebol é assim. Não se pode ganhar sempre", acrescentou.
O técnico português, de 43 anos, também aproveitou para condenar a contestação de que o alemão foi alvo durante e após a vitória das águias em casa do Farense (3-1), na segunda-feira, que culminou com o arremesso de uma garrafa de água na sua direção.
"Os adeptos podem demonstrar desagrado, mas há formas de o fazer. Esta não é, de todo, a mais correta. Quando estamos a falar de um profissional que já deu um título ao clube, numa época em que toda a gente o reconheceu pela sua excelência e pelo impacto positivo que teve na estrutura, na equipa e junto dos jogadores... Uma época depois, o cenário vira completamente do avesso e há este tipo de situações, que não são boas”, concluiu.