Brasileiro fechou 2020/21 com quatro golos, mas lembra que lhe anularam mais "três ou quatro". Um deles, com o Boavista, deixou-o "louco". "Foi uma crueldade", referiu, no programa "Azul Porto"
Corpo do artigo
Se a primeira impressão conta muito para a formação de opiniões, a que Evanilson teve do FC Porto foi brutal. A sensação de estar "um nível acima do Brasil" foi imediata, à boleia da "muita qualidade" que encontrou no plantel. Por isso, rapidamente percebeu que a exigência seria máxima.
"Aqui é preciso dar o sangue", constatou o avançado, convidado de ontem do programa "Azul Porto", do Porto Canal. "Os treinos com Sérgio Conceição são muito intensos. Ele exige muita intensidade. Juntando a isso a qualidade dos jogadores, o treino fica top", garantiu o brasileiro, que após uma época no Dragão sente estar um jogador "muito diferente". "Amadureci muito desde que cheguei", garantiu.
A adaptação a uma nova realidade "forçou" este crescimento, até porque Evanilson se deparou com um futebol "bastante diferente do Brasil". "Há muita intensidade. Aqui, a intensidade anda lá em cima o jogo todo", apontou. "Lá [Brasil] há mais tempo para receber a bola. É isso que eu falo com o Pepê e com o Otávio. Mas acho que já me adaptei bem a isso e estou a tentar evoluir", referiu o atacante, titular pela primeira vez esta temporada no sábado, com o Paços de Ferreira, num estádio onde já entra sem qualquer nervosismo.
"Antes de assinar contrato, vinha de carro para o hotel e passei em frente ao Dragão. Quando vim assinar, fiquei com brilho no olho. Nervoso, tremendo... Fiquei a imaginar-me lá dentro. Foi emocionante", recordou.
A primeira temporada de Evanilson encerrou com quatro golos pela equipa principal dos azuis e brancos - mais seis pela B -, mas podiam ter sido mais. "Anularam-me três ou quatro... É muito azar", lamentou, destacando um que o deixou "maluco".
"Nós precisávamos do jogo com o Boavista, estava 2-2 e nunca ninguém pensou que o golo fosse ser anulado. Nem senti a bola [na mão]... Como é que tiraram isso? Foi uma crueldade. Fiquei louco", assegurou o ex-Fluminense, que admite ficar impressionado quando Conceição volta a casa (Foz) a correr desde o Olival e com o apoio dos adeptos, mesmo longe do Dragão.
"Até comentei com o Pepê: olha para isso, estamos a jogar na casa dos adversários e parece que estamos em casa, porque é só a claque do FC Porto que faz barulho e que canta", relatou.
"Taremi é top e Pepe um monstro"
Se Francisco Conceição e Pepê são amigos inseparáveis de Evanilson, Taremi é "uma referência" para o brasileiro e outros jogadores. "É um avançado top. Se aprendi alguma coisa com ele? Sim, Sim...", referiu o atacante, realçando as qualidades do iraniano como "número 10" e a capacidade física de Pepe.
"Quando via os jogos do Real Madrid estava o Pepe, o Cristiano Ronaldo e agora estou ao lado dele [Pepe]. É incrível. Ele corre o jogo todo. É um monstro", elogiou, garantindo que "é muito difícil" para um ponta de lança ultrapassar o internacional luso.