Canadiano não tem férias desde o verão de 2023 e já sabe que no próximo ano terá que disputar uma de duas provas: o Mundial de Clubes ou a Gold Cup. “Não há tempo de recuperação”, sublinha
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Eustáquio levantou a voz contra um calendário internacional cada vez mais carregado, em que os jogadores que se disponibilizam para representar a respetiva seleção são os mais prejudicados pelo desgaste. Entre compromissos do FC Porto e do Canadá, o médio praticamente não tem férias desde o verão de 2023 e já sabe que na mesma estação de 2025 terá uma de duas competições para disputar: o Campeonato do Mundo de Clubes, entre 15 de junho e 13 de julho, ou a Gold Cup, que se realiza entre 14 de junho e 6 de julho. Isto, num ano em que a UEFA também arrancou com um novo modelo competitivo na Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência, em que as equipas participantes têm de efetuar mais dois desafios na fase de grupos do que até então.
“Penso que, neste momento, é simplesmente demasiado para os jogadores”, referiu o internacional canadiano, numa conferência por Zoom que antecedeu o encontro dos “canucks” com o Suriname, do play-off de acesso à final four da Liga das Nações da CONCACAF, marcada para março.
Desde que arrancou oficialmente a época de 2024/25, Eustáquio já realizou 14 jogos pelo FC Porto e outros seis pela seleção do Canadá, pelo que é sem surpresa que tem visto “muitos jogadores internacionais, especialmente da Europa, a abdicar da seleção por causa das leões”. “Grandes jogadores e grandes equipas estão a ter várias lesões e isso é um fator importante”, vincou. “Como jogadores, temos de nos juntar e decidir o que é realmente importante, porque vir à seleção tira-nos tempo com a família. Com todas as viagens, não há muito tempo para recuperar. E depois temos de voltar para os nossos clubes, em que temos um jogo 48 ou 72 horas depois. Penso que é demasiado”, argumentou o médio, mesmo estando comprometido com os “canucks”. “Tentamos estar sempre 100% disponíveis, mas às vezes é simplesmente impossível”, concluiu.