Carla Ferreira, de 55 anos, concedeu uma entrevista à La Gazzetta Dello Sport, na qual aborda as ligações do seu pai, Eusébio, ao Inter de Milão
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Teria o seu pai gostado deste Benfica de Schmidt? "Eu diria que ele teria gostado. Em geral, ele teria gostado do futebol moderno também porque não gostava de manter as suas convicções. Ele estava sempre interessado na evolução do jogo em todas as suas formas. O pai nunca teria querido morrer antes de voltar a ver o clube da sua vida como campeão europeu: infelizmente não era possível mas, onde quer que esteja hoje, ficaria feliz e orgulhoso deste Benfica, que joga bem e dá alegria. Ele teria apreciado uma equipa que se exalta coletivamente, mas que é constituída por muitos talentos. Se tivesse de mencionar um nome entre todos, diria Gonçalo Ramos, que está a provar ser um grande marcador de golos com um futuro brilhante à sua frente".
Mas acredita que a vitória europeia ainda não chegou após 61 anos por causa de Bela Guttmann? "A maldição de Guttmann não existe! Ela nunca existiu! É apenas uma lenda, um boato. Desde 1962 que o Benfica não ganha na Europa só porque o seu rival, por uma razão ou outra, é superior a nós. Ou talvez apenas por causa de um pouco de azar. A propósito, o meu pai tinha uma enorme admiração por Guttmann, que foi o seu primeiro treinador no Benfica. E o mesmo treinador, quando viu o pai no seu primeiro treino assim que chegou de Moçambique, exclamou imediatamente: 'Isto é ouro'''.
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