Presidente Wei Zhao e a esposa têm agora a maioria do capital e do poder decisão sobre futebol profissional avense (55,3%). A transação foi escriturada na tarde de ontem, quarta-feira.
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Há duas semanas a possibilidade era para voltar à Direção da SAD, mas a verdade é que as conversas com os atuais dirigentes fizeram Luiz Andrade, ex-presidente da sociedade desportiva do Aves, vender os 10% que detinha (na prática as ações eram propriedade da sua esposa Ionela Andrade) na empresa responsável pelo futebol profissional avense. A nova acionista do Aves é Estrela Costa, diretora executiva demissionária da SAD e esposa de Wei Zhao, presidente da mesma estrutura desportiva.
O JOGO sabe que escritura de oficialização do negócio - acordado no final da semana passada - foi assinada ontem, quarta-feira, à tarde e que podem surgir mais mudanças na estrutura profissional.
Estrela Costa pediu demissão no início de março, por discordar do comportamento da Galaxy Believers, proprietária de 89,9% do capital da SAD avense, quanto ao pagamento dos salários aos jogadores do plantel. Agora, na qualidade de acionista, reforça o seu papel junto dos demais proprietários, sendo que Estrela Costa e Wei Zhao passam a deter a maioria das ações, atendendo ao facto do chinês ter 45,3% da Galaxy.
Os restantes 10% das ações são propriedade do clube, que está em processo eleitoral. Candidato já assumido, António Freitas (também ex-presidente e atual presidente honorário) abordou a questão da relação entre clube e SAD, assumindo-se como dialogante, sem deixar de vincar que vai zelar pelos direitos do emblema. "Os acionistas da SAD podem mudar. Vou procurar arranjar acionistas que penso que sejam mais capazes, com um know-how de futebol mais alargado. Vou indicá-los, mas não me meto nas negociações", revelou, numa entrevista à Santo Tirso Digital. "Vou ser muito dialogante com a SAD, mas tem de haver ordem e defender o protocolo acordado", adicionou. Ainda assim, o candidato teceu críticas ao modelo seguido por entender que o clube "tem direito, com 10%, a um administrador desportivo que não passa de um figurante ou até, direi mesmo, de um boneco".