Presidente do Tondela, Gilberto Coimbra, mostra-se pouco inclinado para a ideia do campeonato da I Liga ser retomado
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"Estou mais inclinado para a decisão de parar, para não se jogar. Respeito, mas é nestas alturas que mais respeito tenho por quem tem de decidir, quem tem de dizer 'sim' ou 'não'", defendeu esta quinta-feira, Gilberto Coimbra, presidente do Tondela, referindo-se ao mais do que certo regresso do futebol, designadamente da I Liga, no início de junh. "Na minha opinião, à semelhança de muitos campeonatos e países, este devia ser um ano zero. Teria, mais tarde, de haver uma forma de identificar quem ia às competições europeias", disse ainda à Rádio Renascença.
Gilberto Coimbra recorda que a pandemia é algo que exigirá uma luta durante muitos meses: "Tem de haver muitas restrições (...) A pandemia pode ter recaídas, reincidências, e o futebol é um desporto de contacto e proximidade. Estou muito receoso, não só pelos jogadores, mas também por aquilo que pode acontecer relacionado com a proximidade do futebol. Independentemente de não ter dúvidas de que a retoma será sempre à porta fechada, sem público, não deixam de se juntar pessoas, que não se sabe de onde vêm ou com quem estiveram", acrescentou.
O líder do Tondela tem ainda outra dúvida, os jogos com o Marítimo. "Se é difícil confinar, mais difícil é deslocar. Depois também está muito em causa a situação das ilhas. Tanto quanto sei, a Madeira exige que se fique de quarentena e o Marítimo é da I Liga. Diga-me então como é que isto se resolve?", concluiu.