Stojiljkovic foi guerreiro entre 2015 e 2017 com 85 jogos e 25 golos. Sérvio, de 30 anos, agora nos Emirados, ajudou-nos a conhecer Backa Topola.
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Foge do leque de previsíveis adversários sérvios, não tem tradição mas conquistou direito, devido ao segundo lugar no seu campeonato, de discutir um acesso à Champions, atravessando-se no caminho do Braga, a partir da próxima quarta-feira.
O Backa Topola visita Portugal e fomos ouvir Nikola Stojiljkovic, um dos últimos sérvios a passar pela Pedreira, entre 2015 e 2017, marcando 25 golos em 85 jogos, sobre os segredos bem guardados de uma equipa que promete ser incómoda e trabalhosa. O atual avançado do Dibba Al Fujairah dos Emirados Árabes Unidos, goleador-mor na época passada da 2ª Divisão Saudita, não duvida do favoritismo bracarense mas vai prevenindo para uma equipa que vem escalando fruto de superior estabilidade sob comando de Zarko Lazetic, de 41 anos.
"Aquilo que sei é que é o clube mais organizado da Sérvia. Tem um treinador muito bom que leva anos a fazer um fantástico trabalho. A equipa revela muita organização, é um grupo que se conhece muito bem. Foi muito bem combinada a juventude com a experiência de alguns atletas", evidencia o atacante de 30 anos.
"É uma equipa de qualidade, certamente, mas sem experiência na Europa. Não vai ser fácil para o Braga mas vai depender de como se abre o jogo, porque o Backa Topola é uma equipa chata. Pode condicionar o adversário apesar de ter uma qualidade muito inferior. É difícil pela sua coesão e estabilidade", acrescenta Stojiljkovic, atento às mudanças que aconteceram nos sérvios.
"Tiveram só uma perda significativa, o jovem ponta-de-lança, Ratkov, era muito bom e transferiu-se para o Salzburgo. Mas agora arranjaram outro avançado que também é bom, passou pelo Lokomotiv Moscovo e pelo Estrela Vermelha, o Rakonjac. O resto da equipa manteve-se e começaram o campeonato com um 3-3 com o Partizan. Fizeram um bom jogo", avisa o antigo avançado dos guerreiros.
"O Braga está cada vez mais forte, cada ano mais próximo de grandes coisas. Acredito que este Braga vai chegar à Champions porque é muito forte. Não acho que o Backa Topola possa chegar à fase de grupos mas nunca se sabe, até porque há um clube estável e uma equipa muito organizada", reflete, advertindo para a dimensão da proeza interna
"O segundo lugar não foi uma surpresa para mim, na Sérvia sabemos que eles estão a investir bem e a crescer de forma ordenada, a melhorar resultados todos os anos. A surpresa também só foi possível porque o Partizan vive uma grave crise e esteve muito mal", regista.
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