Ricardo Oliveira apresentou esta terça-feira a candidatura à presidência do Sporting. Eleições marcadas para o dia 5 de março.
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Treinador: "Amorim encaixa na perfeição no perfil, mas não se pode estar dependente do treinador para as decisões. Por mais que a Direção não se queira preparar para um pós-Amorim, temos de estar certos que face à qualidade pode seguir o seu percurso para outras ligas. Não existe um critério definido para um Sporting de futuro, SAD não reúne essas competências. Os jogadores contratados nas três janelas antes de Ruben Amorim deram prejuízo de 30 milhões de euros. Amorim demonstra ser possível fazer mais com menos dentro de campo, mas temos de fazer isso tudo fora de campo. Obriga-nos a ter mais rigor, mais competência. Sou um gestor ponderado, mas ambicioso, sensato, mas determinado."
Ainda Rúben Amorim: "Sporting ganhou desportivamente, temos um grande treinador, líder e um comunicador nato. Os adeptos estão à volta dele. Mas não podemos ganhar só uma vez e pensar que vamos vencer por sorte sempre. Vamos aguentar o Rúben Amorim enquanto pudermos."
O que está menos bem: "A candidatura é para chegar ao dia 5 de março e que se prolongue por muitos anos. Preocupa-me o pós-Rúben Amorim. Estamos bem em termos de futebol, mas o que vamos fazer a seguir ao Rúben? É só verem os primeiros dois anos do mandato. Amorim vai ambicionar outro futuro e temos de estar preparados para quando esse dia acontecer, lutar pela profissionalização, que supere os desafios."
Diferenças para Varandas: "Tenho de elogiar Amorim porque faz muito bem as suas funções. Quero ter uma candidatura construtiva, entendo que há coisas que podem ser melhoradas e queremos dar capacidade para ele ser mais competitivo. O meu projeto dará bases para que um treinador como ele possa ser mais competitivo."
Finanças com Dias Ferreira? "Traz muita preocupação as finanças do Sporting. Gerir um clube como o Sporting é muito difícil. Temos uma equipa profissional, com soluções para colmatar e ir mais além. Maioria do capital social? Nunca a perderemos. Nunca."
Alianças: "Tenho uma equipa competente, é com ela que vamos a jogo. Estamos abertos a todos os sportinguistas e esperemos sair mais ricos em termos democráticos. Parceiros? Terei oportunidade para explicar. Acho que já conseguirei atrair alguns investidores. O Sporting já perdeu a maioria da SAD porque estão 135 milhões de ações nas mãos dos bancos. O Sporting ainda as pode pagar e será o dono delas, mas nós batemo-nos pela maioria da SAD. Existe o risco de a perdermos com outras pessoas. Temos as soluções para as resolver rapidamente."
Debates: "Sou um democrata. Estou disponível e devemos ir a debate. Não consigo imaginar um período de candidaturas sem debate. Os sportinguistas querem saber o que vão aportar ao clube. Num país democrata não concebo a falta de debates."