A O JOGO, Pedro Barny e Tonel explicam as decisões de Rúben Amorim, treinador do Sporting, para a defesa, e dizem confiar em Gonçalo Inácio de volta à direita de Coates. St. Juste, reconhecem, sofrerá para jogar pela lesão sofrida neste arranque.
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Diante de Sevilha e Wolverhampton, Rúben Amorim procurou afinar a defesa, zona onde o Sporting tem sido coeso desde 2020/21, escolhendo os mesmos cinco intérpretes: Gonçalo Inácio, Coates e Matheus Reis no eixo, Porro e Nuno Santos nas laterais. Essa decisão visa dar estabilidade, conforme testemunham Pedro Barny e Tonel.
Contra Sevilha e Wolverhampton, Rúben Amorim apostou nos mesmos cinco jogadores para a defesa, privilegiando as rotinas
"Defensivamente, com Rúben Amorim, o Sporting sempre mostrou estabilidade, o que tem sido uma mais valia da equipa. Os processos com os mais novos nessa posição ainda não estão consolidados. Notam-se algumas diferenças entre atletas, mas os jogadores irão adaptar-se até porque os processos já estão consolidados e há jogadores com qualidade", explica o defesa que militou no Sporting em 1992/93.
"Ainda há melhorias a fazer, acontece isso em todas as equipas, mas a defesa do Sporting está já minimamente rotinada e, com a chegada de St. Juste, que ainda não pode jogar, penso que o trio de centrais que tem alinhado, com Gonçalo Inácio, Coates e Matheus Reis, será o que começará a época. Têm as rotinas da época passada, mesmo sem terem naturalmente os melhores índices físicos e de confiança", antecipa Tonel, jogador que alinhou pelos leões de 2005 a 2010, totalmente tranquilo com a utilização de Inácio à direita: "Ele tem jogado sempre à direita e a posição não lhe é estranha. Tem é de continuar na equipa, porque tem rotinas nessa função. Não é um problema".
Lesão: St. Juste não somou minutos e abriu a porta ao trio de centrais do ano passado
"De todos os canhotos que conheço, é o que melhor se adapta aquele lado. Jogar à direita tem diferenças em relação ao que é jogar no outro lado, nomeadamente na construção, mas ele consegue até tirar algum partido por estar no lado direito. Principalmente nos passes que faz no mesmo lado, onde tem facilidade em descobrir jogadores em quem colocar a bola. É um central taticamente muito evoluído e dá muita segurança à equipa, sabe quando arriscar. Não é um defesa implacável no homem a homem mas é muito forte na avaliação dos lances e na antecipação", afiança Pedro Barny.
St. Juste, concordam os nossos inquiridos, terá vida difícil para entrar no onze. "Para já, vai partir atrás dos outros por não se estar a preparar. Vai demorar mais algum tempo e, quando estiver apto, os outros já estarão num nível físico superior. Por isso, vai ter de fazer mais que eles para ir ao onze. Mas parece ter condições para discutir um lugar na equipa", considera Tonel. "Se o Sporting aposta num jogador destes tem de ter garantias. Falhar a pré-época não é bom, mas não é dramático pois a época é longa e as batalhas mais duras serão mais à frente. Seria ótimo estar disponível, mas o treinador terá outras soluções", conclui Barny.