Está em destaque no Vitória e há quem não tenha dúvidas: "Tem tudo para ser uma referência"

Após a estreia positiva em Barcelos, colorida com um golo, Nélson da Luz foi titular pela primeira vez na equipa principal do Vitória, na segunda-feira, em Portimão. Voltou a marcar e, nos descontos, quase fez o bis, ao atirar à barra.

Citação citacao Pedro Gonçalves considera, por exemplo, que o internacional angolano passou, inicialmente, por uma fase de deslumbramento e que "agora está, finalmente, determinado e focado"

Depois de 12 jogos pela equipa B, o internacional angolano justificou a aposta de Pepa. Pedro Gonçalves acompanhou a evolução do jogador do Vitória, "um produto do desenvolvimento" da Academia do 1º de Agosto, da qual o selecionador de Angola foi coordenador entre 2015 e 2018.

"Parece-me que teve algum deslumbramento inicial. Quando chegou ao Vitória não estava preparado para a realidade completamente diferente. Passou um período de adaptação, mas agora está, finalmente, determinado em agarrar esta oportunidade. É importante que mantenha esta atitude, porque potencial tem muito", defende o técnico, perspetivando muito lucro no investimento do Vitória.

"Já era um jogador idolatrado no 1º de Agosto, clube que tem milhões de seguidores. Com o caminho certo, profissionalismo, rigor e determinação, tem tudo para ser uma referência no Vitória, que pode tirar dividendos da sua implementação a nível internacional, porque é um jogador com muito peso em Angola", testemunha.

Pedro Gonçalves descreve Nélson da Luz como "um jogador muito criativo e tecnicista". "Está agora a ganhar uma dinâmica coletiva do jogo que poderá ser muito importante para as exigências ao nível do Vitória de Guimarães e também para nós, em função do que pretendemos implementar na seleção principal de Angola. E ele é um dos elementos que, evidentemente, está referenciado", adianta o selecionador que já convocou o ala com nove internacionalizações - a última vez que representou a sua seleção foi em 2017 -, mas não o utilizou em jogos oficiais.

Na formação, recorda o treinador de 45 anos, Nélson da Luz "sempre foi extremo". "Tanto pode atuar no corredor direito como no esquerdo. Tem vindo a jogar mais pelo lado direito, de forma a procurar espaços internos de ligação ou de finalização", explica. "Tem boa capacidade de cruzamento e de finalização, sobretudo com o pé esquerdo. Trabalhando, poderá melhorar substancialmente no jogo aéreo. Tem chegada à área, tem noção do timing, mas falta-lhe aprimorar o cabeceamento para finalização", aponta.