Laureta, antigo jogador dos vitorianos, destaca o papel do treinador na reviravolta com o Boavista. Quim Berto também considera que é uma equipa à imagem do timoneiro.
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A reviravolta épica no clássico com o Boavista teve um dedo de Moreno Teixeira.
O treinador do V. Guimarães arriscou tudo e foi recompensado. Acabou a jogar com dois falsos laterais, Jota Silva e Nelson da Luz, com Rúben Lameiras como organizador e com dois pontas de lança, Safira e Anderson Oliveira.
Arriscou ainda ao desfazer o trio de centrais, substituindo Ibrahima Bamba por Janvier, que viria a marcar o golo do empate, aos 87". Já nos descontos, o central André Amaro carimbou a vitória, por 3-2.
Laureta, antigo jogador do V. Guimarães, deu os parabéns a Moreno pela "sagacidade que teve e por ter arriscado no momento certo". "Foi um risco assumido pelo treinador. A estratégia saiu na perfeição. Independentemente da qualidade que o Bamba tem, já tinha visto um cartão amarelo", recordou o antigo lateral-esquerdo do Vitória.
Quim Berto concordou que a decisão de Moreno. "Como o Boavista estava em inferioridade numérica, não fazia sentido jogar com três centrais. O Moreno substituiu, e bem, um deles, isto independentemente do que pudesse acontecer. Acertou em cheio, porque a equipa passou a jogar com dois avançados e com extremo rápidos e desequilibradores", destacou o antigo jogador, vimaranense de gema.
Além de destacar o apoio da massa associativa e a "humildade e perseverança dos jogadores", Laureta entende que o triunfo frente ao Boavista "mostrou a competência do treinador". "Neste jogo eram onze Morenos que estavam em campo. Foi uma exibição e uma vitória à imagem do treinador, com raça e querer. Ao assistir ao jogo via-se que era o Moreno que estava em campo", reforça o antigo internacional português, augurando-lhe um "grande futuro."
Quim Berto concorda com Laureta. "Deu para perceber a vontade e o querer que reina neste plantel, à imagem do treinador. O Moreno conhece o clube por dentro e por fora e quer sempre mais. Transmitiu isso à equipa e ele próprio está muito mais tranquilo. Dessa forma, a equipa põe em campo toda a sua qualidade", justifica o antigo defesa, de 51 anos, considerando que essa mesma tranquilidade permitiu ao Vitória manter a tranquilidade, mesmo quando ficou a perder, aos 71 minutos. "Numa altura em que o Boavista fez o 2-1 e estava a jogar com menos um [expulsão de Ricardo Mangas,. aos 43"], o Vitória mostrou discernimento, não deu chutão para a frente, assumiu a responsabilidade e foi à procura do resultado com calma, sem entrar em desespero", destaca.